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domingo, 24 de outubro de 2021

A Origem Demagógica das Elites Mafiosas


Assim como a maiêutica socrática conduz o sujeito a parir o conhecimento, os rejeitos demagógicos do falso intelectualismo através de falácias e sofismas (e outros agravos verbais) levam apenas o indivíduo a parir bobagens. A pedra de tropeço do legítimo pensamento é a indução volitiva como axioma da falácia do apelo emocional em múltiplas esferas. De modo similar a uma peneira de Sócrates que peneira apenas o intelecto da ética e integridade da informação sendo o seletivismo da parcialidade a surtos egorrágicos ainda que travestidos sob o prolixo da verborragia ao se abster apenas da ética e bem comuns ao conjurar apenas sua própria supremacia. O mesmo ocorre na política ao subverter direitos e a democracia.

Assim como alguém que desenha bem pode fazer um desenho ruim, quem não sabe desenhar dificilmente fará desenhos bons, por isso um idiota sendo tolo e burro pode até copiar quem é inteligente, mas dificilmente alguém inteligente e sábio copiará alguém tolo e burro. Similarmente o excentricismo não é charlatanismo, ainda que todos charlatões sejam excêntricos. Nikola Tesla acreditou de modo errôneo que seu raio da morte provocou o incidente em Tunguska, Thomas Edison inventou um fonográfo que supostamente se comunicava com os mortos, porém, a diferença entre esses e um charlatão é que o último produz crimes e destruição por meio de enganos, plágios e pseudociências, os gênios ainda que excêntricos proporcional saltos a humanidade.

A graça que custa caro, é a desgraça de preço a pretexto do oposto. O mesmo percebemos quando politiqueiros e populistas ignoram a verdade dos fatos e da lei a pretextos de posições políticas ou crenças. Assim como os direitos básicos e bem comum são inalienáveis, a suposição constitucional do direito a vida supõe não apenas a inocência até se provar o contrário, mas que o direito é anterior ao dever em razão de que tributações, taxas e impostos sempre serão sobre o ganho, de bens ou salário, ou mediante a aquisição assumida de serviços ou produtos - não sobre o direito ou o que se produz, mas encima da vendas do produto e serviço oferecidos. Tais são os cumprimentos legais (ante serviços e produtos obviamente legais) que mesmo Paulo de Tarso não negava. Ou seja, a inversão pelo oposto é a suposição do crime quando a exemplo da extorsão temos que pagar por um direito básico ou resgate do que é sua propriedade e direito legitimado por lei ao se fazer conhecida pelo Estado, ao contrário da sonegação. Do mesmo modo que no capitalismo o que custa muito caro pra um é muito lucro pra alheio, o que custa muito barato para um é as custas da exploração ou dolo alheio.

A politicagem tanto como o corporativismo abnega tais a pretextos ideológicos e políticos, sendo selecionista ao ignorar direitos alheios atendendo a privilégios próprios ou fins ideológicos e de crença, como a meritocracia. Seria como alguém estar infartando e os bombeiros negarem prestar socorro por não ter pago impostos ou ser de outra posição política ou religiosa, ou o clássico apelo a autoridade e tráfico de influência sob chavões como "você sabe com quem está falando"? Disso a desigualdade gera uma política de nepotismo e meras trocas de favores aos subornos que evoluem ao compor elites apenas a formação de quadrilha, cartéis e máfias. 

Logo onde não há justiça apenas o crime premia e pune. Disso a fachada da hipocrisia gera uma bolha da corrupção que por estar sob a fachada legaloide apenas tensiona seu estourar tal como esquemas de pirâmide.

Ante a escuridão da injustiça não se acham inocentes pois ante a escuridão são todos iguais, como o charco que nivela a todos apenas nos erros. Ante a escuridão da impunidade todos são iguais até jogarem luzes e revelar a justiça e o justo, a vítima e o algoz. Nisso a doutrina e filosofia benevolente é louvor aos autores, a doutrina e filosofia das trevas precisa de culpados e vítimas.

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