Historicamente um país invasor sempre subjuga a cultura do país invadido, como a exemplo dos povos exilados e refugiados que por choques culturais estes se aniquilam ou são assimilados. A globalização através da internet demonstra bem como esse etnocentrismo perfaz parte do classicismo hoje fragmentados em diversas narrativas. Logo, o globalismo pode se tornar uma ferramenta de centralização etnocêntrica de submissão, ao contrário de um universalismo que pondera aspectos positivos de convergência em todas culturas, pontos e denominadores do bem comum preservando a diversidade e identidade de cada cultura tanto como o coletivo da individualidade. Conservar a cultura como patrimônio não é torna-la uma caricatura xenófoba e discriminatória dos deméritos nacionalistas, através de deformações das tradições como ocorrido no nazismo.
A acentuação radicalista, fonte do caos e dicotomias, devem ser refreadas por aberturas sociais que dialoguem com o mundo sem abnegar sua própria essência, a da cultura como a natureza do povo, a memória de uma cultura como parte de sua indelével identidade. Assim como supomos signos universais do Ethos pressupomos que mesmo todos somos indivíduos, todos nascidos no Rio de Janeiro são cariocas e todos brasileiros. Porém, a misantropia da diferença discriminatória abnega que todos são humanos em seus direitos individuais básicos. Ainda que haja uma observada evolução natural da cultura e linguagem este é um movimento espontâneo dos povos em seu zegheist, ao contrário do que impõe o extremismo e radicalismo como anabolizantes artificiais da progressão ou regressão. Tais como moléculas protocelulares que geram mais convulsões do que componentes de vacinas a males sociais são demonstrados pelo regressivismo mútuo nas liberdades e direitos individuais atestados como uma semi-antropatia ao ignorar os denominadores positivos comuns dos povos ao enaltecer arquétipos retroativos ao rebaixamento do pensamento de rebanho e dos instintos.
Caso observamos que a evolução de uma sociedade atende critérios de funcionalidade social mútua esta normalmente permanece maior tempo estável e assim sem grandes alterações de cunho cultural. Um exemplo pode ser visto geralmente nos povos indígenas ao possuírem um equilíbrio harmônico em coexistir pacificamente na natureza, ao contrário de convulsões tribais de gangues ou do expansionismo românico tanto como de tribos germânicas que contribuíram no mundo com os termos 'vandalismo' e 'barbarismo' (respectivamente os vândalos e bárbaros) dado seus frequentes conflitos. Tanto na sociedade, biologia e evolucionismo a estabilidade é longevidade. Tanto como uma gangue, quadrilha ou uma ditadura ainda que impondo sua própria ordem, é sensível a oposição ou críticas pois é volátil, sua natureza autoritária por ser radical sempre tende a instabilidade e por isso sempre vindo a queda ou assim induzida. Na harmonia a pluralidade tem na diversidade a reciprocidade do direito da individualidade mesmo que mediante o bem comum e a cultura que estão inseridos, de modo que críticas e manifestações apenas são agressivos a proporção da repressão até avolumar-se em convulsões e crises.
Abaixo alguns aspectos desses graus de evoluções culturais:
- Tribalismo
- Colonialismo
- Imperialismo
- Ditadura
- Democracia
O primeiro estágio pode ter regredido do último sob as condições que antagônicas a harmonia indígena advém de conflitos de regressão social do Ethos, expressos através da radicalização emergente de arquétipos e dicotomias iniciadas por crises e desequilíbrios. Tais fatores são universais de modo que mesmo um povo unificado de um país possui suas próprias tradições regionais como recortes de uma só cultura, tal universalismo perfaz parte intrínseca a cultura humana ao contrário da radicalização e discriminações que apenas tornam a cultura humana fragmentária, dicotômica e classicista.
Assim como as tradições são células de um organismo cultural, sua progressão a um colonialismo supõe uma maior extensão organizada do tribalismo, sendo este por vias feudais ou que se inclinem a aristocracia, monarquia ou teocracia por meios de um poder que centralizado gera um vórtice político as nações por eles colonizadas como satélites a estes.
Tal como os subúrbios, zonas rurais e favelas estão para a capital este efeito é ainda mais acentuado através do imperialismo, que opera, no entanto, por vias mais agressivas. Ao invés de colonizar, invadem como expansão de seu domínio.
A exemplo do império chinês na antiguidade demonstrado como uma exceção em sua estabilidade não expansionista, a extensão de seu império ainda que mediante eventuais conflitos regionais foram menos drásticos do que dos impérios romano e os da antiguidade, no Oriente Médio de Alexandre, o Grande e tantos mais.
Crescimentos cancerígenos deste tipo foram replicados por Napoleão, no século XX por Adolf Hitler e atualmente pela geopolítica norte-americana ao advogar pra si o título de “polícia do mundo". Tais nos trazem a repetida demonstração trágica do avanço autoritário de uma nova ordem centralizada. Ao contrário de democracias que devem ser predominantemente regionais afins de melhor atender a demanda de um povo e cultura, este último Estado em consonância com constituição de seu pais demonstra que a cultura de uma nação antecede a sua emancipação como Estado independente, sendo em última instância o celeiro embrionário do país e seu povo. A cultura é anterior ao Estado, a nação, e de igual modo destrui-la é destruir o país.
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