O fato apenas advém do ato como consumação do movimento verbal da ação passada, porém, solidificada na causalidade. Assim todo fato é uma assinatura de um ato passado e por esse motivo não existe fato futuro, se não previsões, planos, sonhos e possibilidades de ações que os gerem. Desse modo assim como não existe fato sem ato, não existe ato sem fato, pois na causalidade de mudanças ele sempre será precedido e sucedido. Todavia a causa primeira intrínseca a metafísica não é oriunda a um passado linear longínquo, a que supõe a causa de todo mais como primeiro ato do universo. Mas o verso primeiro como 'face' ou 'versão' pré-existente tanto como o futuro é pra nós ou o passado nos proporcionou fora consumada a tornar-se única versão, um universo. Similarmente as possibilidades diversas até consumar-se única ao ato pensamento ao se consumar no fato da ação que por sua vez é um ato que gerará fatos negativos ou positivos.
Assim sabemos que a ideia de causa primeira não é linear, mas facetas relativas e variadas em face de consumação e a razão da ideia de um multiverso ser apenas isso, uma ideia, pois é intrínseco a metafísica do intangível a não ser por probabilidades, hipóteses e teorias. Tais ideias são atos do pensamento e assim apenas fatos interiores e abstratos ainda que relativos a realidade exterior, concreta e absoluta de modo que toda ação advém de um plano de ação, ou seja uma ideia de ato que dá lugar ao fato ainda que baseado em fato anterior.
A lógica sucessória é adjacente aos fatos mediante seu grau qualitativo e quantitativo ao fomentar tanto induções de causalidade anteriores quanto predições e previsões vindouras tanto como das deduções ulteriores - aquelas das quais analisa a possibilidade qualitativa de algo, ou seja, sendo este negativo ou positivo. Disso intuímos que existe algo que 'deveria' acontecer e algo que 'pode' acontecer. O 'certo' em termos qualitativos compreende a lógica ética, ou melhor, do que seria a sucessão justa a algo, ao contrário da lógica probabilística sendo estritamente caótica e arbitrária por ser quantitativa, a possibilidade de um ato negativo ocorrer.
Em face de um sinistro ou hediondo tendo no precursor as paixões do ódio e discriminações reconhecemos assim como uma previsibilidade óbvia ainda que não sendo eticamente lógica, tanto como previsões físicas estão para a astronomia ou para o Climatempo. Por esse motivo em termos de sociais e humanas sucede a busca pela prevalência da lógica ética, que busca a qualidade do justo como fonte positiva de neutralização de seu oposto imediato.
O mesmo assim ao compreender uma estética ao direito, sucede as classes e desigualdade dando lugar a ideia de 'justiça social', enquanto o sadismo e elites tem concepções deformadas dessa estética lógica da ética, os que lhe contrapõe. Ainda que a ética da justiça social valorizem quem passou as lutas e injustiças, o foco está na pessoa que carrega as marcas dos atos sob a alcunha dos fatos sociais, não os atos em si ou seus perpetradores quando o sadismo e a desigualdade elitista é o oposto. Assim compreendemos a luta dialética de classes não sendo um mero ato de materialismo histórico senão uma dialética entre os atos e fatos, tendo dentro de si as margens lógicas de tais possibilidades como combustores.
A dialética assim não é a mera sucessão de atos contrapostos, mas luta ante fatos anteriores sendo estes qualitativos ou quantitativos. Muito menos lutas de fatos, pois estes ao contrário dos atos não possuem outras faces, versões e versos sobrepostos por serem consumadas no universo, não um multiverso de possibilidades donde germinam mudanças. Ainda que desse modo a luta de classes não é meramente linear.
Um indivíduo pode ter atos antagônicos, não fatos, os que apenas correspondem a tal incongruência, pois cada qual depõe a incongruência de seus atos entre si, pois um fato não pode ser verdadeiro e mentiroso ao mesmo tempo, ou certo e errado simultaneamente.
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