O hábito da oralidade influencia a escrita como fala na predominância fonética na ausência do uso da palavra escrita na falta na cultura literária no Brasil. Frequentemente a oralidade acaba por sobrepor a distinção entre escrita e fala permutada pela falta de instrução que se estende também a ignorância ética. As piadas de trocadilhos de botequim e de churrascos atestam um rumo demagógico de raciocínio iniciado com risos e terminado em choro e dor. Pois tais palavras, como os xingamentos frequentemente são precursores de atitudes.
Do mesmo modo não ataco o direito de ninguém, mas sim os que acham ter o direito de atacar o meu, pois caso não dê pra suportar meu talento e direitos, muito menos eu os seus crimes.
Porém, a hipocrisia acredita num estado quântico da moral e da verdade dicotômica, como duas realidades opostas coexistentes a duplicidade destes acreditam poder ter boa reputação de heróis, gênios, honestos e sinceros enquanto noutra realidade são o exato oposto. A impossibilidade da coexistência de ambas realidades é uma aberração física incongruente ao Gato de Schrödinger ante o colapso tardio (ou não) disso, tanto como da causalidade ao proporcionar ações repetidamente iguais a espera de terem efeitos diferentes. Todavia, suas usinas de energia ao represar em oculto a verdade devem curvar a singularidade ao romper as leis da termodinâmica onde nunca há perda de energia, mas sempre ganho. Disso concluímos a tragédia evidente por ser não apenas contra intuitivo como contra prudente a todas demais ciências, das exatas as biológicas e humanas. A existência de algo assim não é suportável as leis humanos, nem as leis físicas, logo apenas pode ser doutra dimensão, do inferno.
Defender a verdade não é defender necessariamente o certo, pois a certeza da verdade ante os fatos pode atestar os erros comprovados de algo. Assim sendo o ato de ter certeza da verdade, ainda que não seja sinônimo moral da certeza do certo e errado, não exime a responsabilidade moral, antes atesta o julgamento ético sobre essa verdade como defesa consecutiva da mesma. Apenas podemos avaliar se algo é certo ou errado mediante a validação desses atos como fatos da verdade, pois na ausência de verdade nem a certeza se faz senão a dúvida e mentira. Nem toda verdade é o certo, mas tudo que é certo é verdadeiro, e apenas a mentira é sempre errado, pois no máximo é a ilusão de ser certo. Logo, a impossibilidade de ambos coexistirem é tão lógico e coerente quanto dois corpos ocuparem o mesmo espaço, no mesmo tempo.
Ora, o ato de defendermos o fato de que houveram arenas de gladiadores no coliseu atesta a certeza dessa verdade, mas também como igualmente verdadeiramente um erro somente assim compreendido pelo julgamento da verdade, de verdade.
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