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quarta-feira, 1 de setembro de 2021

A Busca Ontológica do Holístico está na Sincronização Harmônica

A Base do pensamento anticientífico é a parcialidade com que lida com os fatos objetivos, os moldando as crenças e vontade arbitrariamente, quando devem ser o contrário. Por isso, a medida com que a ciência avança ela se firma em definições tangíveis que discernem padrões delimitadores. Similarmente a pureza que aspira o legítimo jogo de palavras da filosofia é de uma crisologia do enclavinhar de léxico a semântica filológica. A logia do discurso atém-se, mesmo que sob camadas diversas, o não contraditório como atestado de seu grau de pureza. A cremastítica assim transcende as imperfeições da própria língua ao debulhar no âmago etimológico suas razões ulteriores.

A exemplo do senso comum que associa a igreja como anticientífica parte dos arcanos começos científicos nas ciências ocultas, antes da astrologia se tornar astronomia e alquimia química, os mesmos passos dados por Sócrates ao sair dos mitos homéricos e sofistas ao dar lugar a filosofia. Ainda que, de fato, houvesse resistência ao definir as fronteiras entre estes isso não impediu que os jesuítas dessem grandes contribuições a astronomia, por exemplo. A correspondência isenta aos fatos também exige reconhecer contribuições de alquimistas a química ainda que permeados por superstições nos rudimentos ainda enevoados dos horizontes de realidade.

Todavia, afim de buscar o ontológico com aspirações cósmicas ao holístico temos que restaurar princípios comuns das diferentes filosofias em concordância, tais interações ocorrem apenas por fenomenologias comuns tanto como entre o idealismo e materialismo, afinal toda ação tem começo numa ideia de ação, sendo ela por vontade ou por racionalidade.

Se as definições nascem dos paralelos, as relações da fenomenologia, porém a singularidade do ser é o atomismo da individualidade. Ainda que numa fenomenologia ele possa se formar ou deformar de acordo com estas relações, o em si mesmo, rompe o paralelo do definitivo na qualidade de ser inacabado, ainda que suas ações advinda dessas relações fenomenológicas possam ter definições (passivas ou ativas) onde a mudança é a própria qualidade do livre-arbítrio como expressão dessa fenomenologia.

Por esse motivo acreditar em algo sem provas de existir é subjetividade, acreditar contra os fatos da inexistência é negação, assim como a baixa autoestima conjura uma auto-anulação em si mesmo. Na ciência o crer é posterior a verdade confirmada por fatos objetivos, na plena sincronidade entre objetividade e subjetividade como o consenso está pra harmonia. Disto do alinhamento, ou não, dentre estes que as sincronicidades se perfazem tanto como alienações. Por esse aspecto as harmonias necessitam de aberturas dialógicas, pois a agressividade deve ser apenas afins de anular uma imanência opressiva contra seus direitos, caso contrário será a própria imanência opressora. Nesse último fazemos vivo o conceito da origem do termo reacionário como anterior ao civilizatório humano. 

O verdadeiro reacionário ao contrário do conservador que apenas deseja manter uma dada ordem social (ainda que mínima), este anseia ao retrocesso minimalista dos instintos anteriores ao marco social que perfaz a sociedade. Disso os preconceitos e discriminações por elas movidas em nome do ódio e medo, anteriores a civilização e a ordem social. Assim sendo a ordem reacionária ao ambicionar uma ordem Antissocial se perfaz pelos instintos sobrevivencialistas e de conflitos e crises eternas. Tais apenas podem ocorrer por desalinhamentos do dissipar de sincronicidades, do desacordo e não consensual, como sistemas fechados que mesmo fisicamente ebulem apenas a diferenciação ao externo que em razão disso se torna desigualdade e o caos que assevera conflitos e crises eternas. O ódio é sua máxima, pois sua essência é de antagonismo e extremos radicais, é a expressão de repelir o que odeia a exemplo da discriminação que é o medo. Logo uma ontologia que aspire ao holístico apenas pode se dar por meio da harmonia de fenomenologias, tanto informacional em coesão como do encadeamento síncrono de fatos.


Referência:

FONTANA, William. Filoversismo: Manifesto Sobre o Conhecimento. 2021.

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