Os relatos aqui descritos pelo autor ocorreram décadas atrás não havendo provas materiais ou audiovisuais ante a limitada tecnologia da época. Desse modo cabe ao leitor decidir por acreditar ou não, ainda que mediante alguns casos outras testemunhas presenciaram, ou participaram. Sendo parte do que motivou suas buscas e convicções, acreditando que isto mesmo possa explicar algumas habilidades das quais não ousas usar para se promover, ainda que leve a crer em coisas além dos parcos poderes e ciências humanas, mesmo que carente de provas conclusivas de sua procedência. A maior parte destes relatos estão na autobiografia 'Confissões de uma Mente Autista', do qual aqui apenas testemunhos abreviados. Uma vez que a maioria deles foram nas décadas de 1980 e 1990, não há modo de precisar data exata pelo fato de na ocasião o autor ainda estar entre a infância e adolescência.
Dentre os casos um do qual ficava periodicamente enfermo com dores abdominais inexplicáveis, mesmo o médico da família não era capaz de determinar pelos sintomas a causa ou a doença que me tomava de dores lancinantes. Aquilo me levava a parar de comer e ir no banheiro ao me limitar me contorcer na cama. Todavia, na ocasião em que mais intenso isto ocorreu um grupo de irmãs oraram e fiquei bom de modo igual a tal súbito e inexplicável quando fiquei acamado. Vi a observar no momento mesmo a porta da cozinha que estaria vazia abrir-se e fechar-se sozinha. Sem nem conseguir antes me levantar o bem-estar repentino me fez ir pessoalmente ao cômodo e verificar. Ainda que possa ter havido alguém que lá coincidentemente se escondia, os outros elementos nunca foram explicados, pois nunca mais tive a doença, me levando a crer ser algum tipo de possessão.
Durante a mesma época aconteciam demasiadas coincidências de sempre queimar o fusível do micro-ondas na minha presença, o mais incrível era que sentia nuances que iria acontecer ou não, sensações intraduzíveis por palavras. Similarmente uma certa vez uma ocorrência bizarra durante a madrugada fez um copo de vidro (de geleia de mocotó) partir-se perfeitamente ao meio, estando parado no escorredor de talheres com o apartamento de janelas fechadas. A hipótese mais plausível seria uma súbita variação térmica, o que ainda assim parecia altamente improvável.
Curiosamente sempre tive uma relação muito fácil com a natureza, tendo pássaros como um periquito chamado azulzinho que literalmente deitava de pernas pro ar na minha mão quando ia o pegar. Tal padrão curiosamente observo coincidentemente ou não nas trilhas que fazia durante a juventude, sempre sendo a pessoa que encontrava mais animais silvestres, mesmo os mais exóticos como o macaco barbado em Ilha Grande.
Todavia, outro caso marcante fora com um inseto. Lembro-me ainda hoje com clareza de quando levavam minha irmã para pegar o transporte para a escola na Piraquara, e ficava sozinho no apartamento. Era quando todo dia, naquele mesmo horário, entrava um maribondo que me perseguia levando-me ao pânico e por ser criança até mesmo uma vez me urinei da janela gritando por socorro. O fato é que diziam que era coisa da minha imaginação, pois quando voltava este sempre ia embora. Apenas no dia em que falaram para ter coragem e enfrentar que este nunca mais voltou ao fazê-lo.
Durante a infância ainda observava uma série de acontecimentos bizarros no morro do São Cosme, em Realengo, onde morava, num prédio. De militares jogando caixas suspeitas, a aparentes treinamentos com gases entre outras coisas. Porém, o mais marcante dos acontecimentos fora o mais inexplicável deles, fitei sobre o morro um objeto âmbar que muito anterior aos drones fazia evoluções nos céus em movimentos súbitos e agudos. Movimentos impassíveis para qualquer aeronave que ainda hoje tenha conhecido. Tanto quanto um estranho sinal no céu do qual eu, e os demais parentes fitamos da janela da área, sobre um morro aonde algum período antes (ou depois) a queda de um avião búfalo da aeronáutica quase ocorreu após se desviar num rasante sobre a escola que estava. Era um arco cor âmbar como quase fogo, este que se partia em três levando dois pontos a sumirem até que o ponto restante recriasse o arco novamente e assim o ciclo vinha a se repetir. Pensava em vários significados para aquilo, porém, nenhuma explicação científica conhecida tive até hoje. Tanto que tais coisas me levaram a um ceticismo atual por sempre buscar algo similar e muito raramente ter notícia de algo genuinamente sem explicação. O mais estranho são as vezes em que quase morri ou fui sequestrado (desde a infância) e nunca se consumou, o que me leva a crer em destino e milagres, ainda que com muitas reservas hoje, ante tantos charlatões e corruptos.
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