Desde a reforma protestante um empurrão importante foi dado ao capitalismo, porém, em particular a permanência ancestral da meritocracia como mãe do capitalismo sob os resquícios tribais e de religiões primitivas. A constituição não é um cardápio para ter preços, porém, a desigualdade do capitalismo é o que faz. A meritocracia é injusta não apenas por todos não terem oportunidades iguais, como uns não terem ao menos oportunidade, e a exemplo dos inválidos não podem nem se esforçar em tais supostas oportunidades. Similarmente de pouco importa haver oportunidades se o seu esforço for ilícito ou para algo ilícito, como a oportunidade ao crime, o ato de construir em esforço e investimento um bordel para exploração sexual não prova que o crime seja justificativa ao merecimento ou para explorar sexualmente alheios, tanto quanto o trabalho exaustivo de subordinados a ganhar muito menos do que o patrão que basicamente apenas administra e manda. Ou talvez a escravidão por dívida em canaviais donde sob condições insalubres de acomodamentos e psicologicamente estes nem ao menos consegue se pagar. Ou o esforço de nordestinos e africanos que precisam caminhar quilômetros apenas para conseguir um balde d'água, ou os trabalhos em fazendas de cacau donde crianças carregam sacas diariamente a trocos de miséria.
A lógica permeia todo universo no porque das leis físicas mesmo ante a randômica aparente da aleatória, todavia discernimos o ato duma pedra rolar num deslizamento por fatores que geográfica e clinicamente isto favoreça a uma pessoa puxar o gatilho de uma arma por motivo torpe, contra uma vítima vulnerável.
Fatos físicos não possuem valores morais, legais ou éticos uma vez que a pedra e a arma de fogo não possuem poder próprio para danos a não ser as circunstâncias por negligência ou intencionalidade, donde nasce a necessidade da filosofia moral e da lei penal que visa para a sociedade fazer o que as leis físicas fazem para o universo, criar padrões de normalidade e previsões casuística. Mesmo a suposição de um Deus advoga o conceito da definição e determinações do que seria pecado, não determinações sobre seu livre-arbítrio. Desse modo similarmente um pecado em si pode não ser penalizado legalmente perante a constituição democrática ainda que muitos dos pecados, como ira, inveja, ganância, luxúria possam levar a crimes consumados em atitudes contra os direitos alheios.
Disso, tanto como na física a ilógica seria como uma eventualidade aleatória e sua intencionalidade ainda mediante um porquê contra a lógica comum (como das leis e ética), uma vez inexistindo tanto o conceito de amoralidade, e a imoralidade se tratar de um ato apenas contra determinada moral. Todavia, estes atendem sempre uma hierarquia indagativa, do ‘como’, ‘porquê’ e ‘pra quê’. Afinal mesmo um psicopata categorizado na escala máxima de Hare este pode construir meios lógicos a fins torpes e sádicos, ainda que estes sejam em si um motivo ante o fútil dum vício em sua hediondez niilista. Ante isso a maior contribuição contemporânea para filosofia moral fora feita por uma mulher, Anna Arendt, sobre a banalidade do mal sob a abordagem das circunstâncias do nazismo após o fim da Grande Guerra Mundial. Estes que aparentavam serem amáveis as suas esposas e filhos antes eram cruéis com suas vítimas nos campos de extermínio. Isto demonstra não serem meros psicopatas, ainda que ante a torpeza fútil e sádica contra as vítimas ainda hoje choque o mundo. Como explicar?
Assim como a promoção do desenvolvimento tecnológico e tecnocrático se promova através de falsos benefícios a população, sua instrumentação visa fragmentar o classicismo tecnicista em intenções opostas. Vemos o mesmo exemplo da banalidade do mal ao objetificar em desumanização o ser humano como produto e números substituíveis.
A exemplo do mercado bélico que promove a ideia de autoproteção do cidadão, porém, mesmo quando tira a arma da população apenas alimenta guerras. Essa politicagem niilista sob a fachada altruísta de incidentes atacados apenas nos efeitos visa apenas o benefício corporativista oligarca e autocrático. O liberalismo faz se valer do classicismo de modo manimaníaco.
O esforço liberal de sua meritocracia é uma caixa de Skinner que condiciona pela coerção na esperança ilusória de libertação, antes é um esquema de pirâmide que necessita onerar as vítimas para se valer, progredir através das muletas da servidão alheia. Tal é velada através da opressão e servidão como único propulsor em alavanca de seu poder. Ainda que o experimento marxista em sua plenitude apresente falhas, as detecções dos problemas vistos no liberalismos são produzidos deliberadamente ao contrário das circunstâncias limitadoras ou desvios do socialismo o qual os fins nunca foram plenamente atingidos em razão disso. Como a globalização traça relações socialmente negativamente tempestuosas na centralização de poder aos países satélites pelo subdesenvolvimento, o progresso é exclusivo e apenas as crises compartilhadas ao conectar apenas todos os problemas políticos, sociais, e criminais, tornando todos estes entre cúmplices, vítimas ou reféns.
Obviamente que há liberais que fizeram conquistas e progressos honestos, o sistema edificado pelo liberalismo favorece a desigualdade e injustiça.
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