...o submundo dissimulado, como os esgotos não apenas é o criadouro de baratas e ratos, como sua fonte de poder na superfície ante sua temerária existência, tanto quanto refúgio ante o predomínio da justiça sanitária da superfície. Sua parte visível é o transbordo, pois apenas em calamidades as baratas e ratos ficam livres para habitar a superfície através de sua imundícia. Por isso mesmo daqueles que sob a superfície dele se utilizam é por ter os mesmos vínculos comuns, ainda que dissimulando-o a vista de todos. Lógico que a calamidade interessa apenas a estes, pois quando ela domina os bons são os que descem da superfície.
O crime útil a esses déspotas obscuros é o excremento no potinho sanitário que alimenta o poder de seus esgotos, o que é feito fora de seus ditames falsamente legalistas e de legitimidade oligarca (ainda que direito do oprimido), e ao sabor de suas arbitrariedades como opressor, é a única coisa passível de punição. Ora, um esgoto sem tais excrementos não o seria assim como todo operativo autoritário e déspota sem abusos criminosos, por isso os crimes úteis são o fertilizante de seu poder a ser usado apenas por eles, o crime oficial é o que apenas não lhe confere benefício. O restante basta o negacionismo.
Uma vez sabendo que desde de Maquiavel a Durkheim a ideia da promoção e deliberação direcionada do crime é desejável a interesses políticos ou dos dominantes, impedi-los leva a igual dilema do uso de força.
Trecho do livro "O Projeto Democrático da República Brasileira".
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