Oh párias desenganados pela humanidade, aumentam apenas a dívida a cada injustiça e a condenação a cada culpa. Oh amaldiçoados seu apetite saciado é nossa fome, e seu ganho nossa perda. Oh fonte de maldade, onde a burrice é proporcional a crueldade.
A empatia, afeto, sinceridade e amor são bases das relações humanas, pois a confiança e respeito são as bases da sociedade. Ambos interdepende pois não existe confiança sem respeito e respeito sem confiança ainda que disso tenha advindo a reputação, vaidade e moralismo. Todavia a suspensão da verdade na prevalência da dúvida destitui relações ante o estabelecimento da desconfiança.
Viesses cognitivos não se fazem apenas per si, porém, dentre interações e exterações. As relações construídas através de reações estabelecem não apenas relações interacionais como exteracionais na construção do logus sequencial da linearidade dentre indivíduos. Tanto o per si, como através do grupo constituíam elos na cadeia da persona.
A exemplo da dúvida, mentira, engano ou medo estes construções se tornam instáveis e voláteis pois a razão coopta a verdade e fatos confirmados sendo seu oposto por uma “suspensão da verdade" a alimentar apenas enlaces cognitivos e emotivos em ebulição a proporção do medo ou anseio que tal suspensão de certezas perfazem.
O que transforma humanos em monstros é a ausência de quem confiar, de esperança, certezas e amor. A ausência de paradigmas que norteiam ou que tenha a que se agarrar faz abandonar não somente a fé na humanidade alheia, como na própria humanidade. Ante a permanência do desespero, sofrimento, medo e ódio a empatia, remorso e afeto dissipam-se junto a humanidade. O ser humano não pode ser um flutuante pois sua persona se perfaz nos elos sociais, é coletivo e assim este ser flutuante a deriva apenas não exímio na sociedade se torna tanto quanto em rupturas separam seres em camadas.
A testificação da verdade ante um fato vem do termo fatum, o da origem do termo fada que sendo designados de encantos dá raiz ao termo inglês fate, de destino. Por esse motivo a verdade sendo uma orientação ou designação a ser atingida seu oposto da mentira é errante, como o termo perdido vem de perdição.
Do medo a dúvidas como suspensões de certezas são modos dilacerantes a consciência em longo prazo. Similarmente, experimentos de privações sensoriais intensos e prolongados provocam profunda desorientação mental. De modo análogo, a orientação sensorial, a suspensão permanente ou prolongada da verdade provoca enorme estado de confusão mental ante a dúvida do incomprovado prolongado duma vida sem menores certezas. Assim como a permanente condição de negatividade que não permita ater-se a qualquer esperança ou fé a justificar a suspensão de credulidade análoga a mentira. Nesse sentido a negatividade tanto quanto a mentira permanentes tem efeitos similares ao suspender qualquer credulidade que atenha-se a qualquer foco de certezas aprazíveis a vida.
A indução ao engano serve não apenas para iludir o enganado, mas de desacreditar o enganado que se transforma de vetor, no ato de usar crueldade para tornar a impressão de todo mais ser é exemplo. Efeito igual apresentam isto ao relativismo que na pós-modernidade tem efeito entorpecente a razão.
Deste modo a verdade não apresenta uma genealogia senão sua ruptura ou adulteração, ao constituir elos divisórios entre relações de indivíduos a si mesmos ou entre estes possuem antecedência saltitante apenas em padrões análogos a sua suspensão ad fatum proporcional a sua diluição ou falta a que constituem histórias mortas tanto quanto ilusões e mesmo os delírios e surtos psicóticos desencadeados por estímulos de desapego a realidade humana.
Compreendemos isso pois assim como a condomínios de luxo, comunidades carentes, desertos e florestas, a própria humanidade apresenta uma realidade do qual a suspensão de suas relações, paradigmas e confiabilidade mínimos liquefazem a realidade humana a outra esfera inferior, a antihumana donde nasce a loucura, burrice e maldade. Pois todas estas tem em incomum sua não adequação a funcionalidade simbiótica a realidade humana, social, cívica ou natural. Pois não existe gente “burra " a não ser fora de sua função cívica, nem gente má a não ser fora de sua funcionalidade social, não existe pouco a não ser fora em alienação de sua funcionalidade natural.
Podemos assim postular as três esferas de atribuições das funcionalidades humanas, em harmonia e simbiose social da psique dos indivíduos as subjetividades e consciências coletivas:
- Social: a que pertence o convívio e comportamento associado a ética, conduta, cidadania, valores e etc;
- Natural: mediante a supressão e subsistência das necessidades dessa psique em ordem a social;
- Cívica: a que pertence suas aptidões, vocações mesmo que mediante as anteriores apenas;
Sendo atividades coletivas de esportes, trabalho, estudos, religião ou confraternizações que estes três elementos tem por ápice. Pois é da psique que o coletivo se perfaz nunca uma mente humana em si mesmas como um cérebro de Boltzmann pois toda inteligência como psique e consciência se per faz das relações do exterior e sua interrupção, distorção, alienação e ausência são maiores fontes das chamadas burrice, loucura e maldade do que aqueles que sendo agentes da suspensão da verdade humana azeda todas relações. Ora, quanto efeito o isolamento se perfaz a medida de seu poder contagioso, quando não orientado ao convívio que normatizar o cívico, social e natural que detém por traço de sua instituição plena sua harmonia e funcionalidade simbiótica pura ao contrário do oposto forjado em dicotomias, desigualdade, rupturas e anseios.
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