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domingo, 16 de outubro de 2022

Conto "Luciferatus"

Procurava por aquela mulher há dois anos após saber ter câncer estomacal terminal. Como nos enlaces de enamorados ela se despediu com pesares analisando sua última tentativa de buscar uma "Casa de Milagres" o qual o guru oferecia um tratamento miraculoso de sobrevida. Após isso ela desapareceu sem deixar rastros junto a uma carta com uma pena de faisão que era sua marca. Fora quando ao passar por um sebo vi dentre livros usados e amarelados um chamado 'Luciferatus'. Um derradeiro conto que ao que constava uma pena de faisão a carta dentro (com sua letra) alegava ter fugido duma biblioteca maldita aonde os iniciados poderiam se tornar o autor do texto que quisera, para ter fama e poder. O livro se chamava "A Casa de Sobrevida de Lucius Angelus" destinado a doentes terminais de todas as matizes como segredo alquímico da imortalidade. Na carta dela aberta um alerta:


"Os bons caminhos podem levar aonde os maus nem sempre levam, todavia os maus caminhos que possam levar a objetivos e destinos bons são ilusórios e enganosos. Não me procures mais, Aberaldo Alves, caso esteja viva não sou mais eu mesma."

E.B.E.


As iniciais correspondiam a ela, Elaine Berenice Ester, todavia ao ser tomado pelo desconforto sem pestanejar comprei o livro escrito por um suposto W.C.Scriberius e comecei a ler "Luciferatus".

Lá, na surdina soturna da noite uma escritora moribunda em troca de seus textos aos cuidados de um certo Sr.Ozak Fortuna fora encaminhada à casa de curas de Lucius Angelus onde operações mediúnicas e alquímicas restritas ocorria a eleitos pelos dotes como ela. Lá dentro em estado febril parecia num dissipar senil na eminência da abiose necrótica entre odores de bolores e sanitários. Ela estava derradeira, febril, num procedimento que parecia acelerar sua morte quando descobriu a verdade. A doença lhe fora induzida para levá-la q procurar aquele fim!

Como uma vítima ante seu algoz como presa fitou sua morte. Porém, não sob suas garras estava, antes a morte ela a penetrou com abjeta força fálica, quase sexual e despedaçando sonhos e esmigalhando sua vida lhe iniciou no Luciferatus derramando um leite negro do pulso que não pulsava de um ser de olhos vermelhos. Sendo delírio senil ou epitáfio ela bebeu como um petróleo dos loucos o ouro dos tolos.

"Há cada sanidade convém ministrar uma dose de loucura e a cada saúde a doença como a dança da morte que sem a vida nada é. Agora você morre e despertará como fênix do luciferatus em nome do pai dos mortos mudando. Ozak Fortuna. Louvores e loucuras a todas as impurezas das profundezas, das parafilias donde a doença se torna cura a saúde da vida!"

Comentou uma voz profana e gutual com um risinho funesto.

Ela não era mais ela, mas a comunhão com o sangue de um ser ancestral ao qual diziam ser Lúcifer.

Meu dejejum transbordou do estômago ante aquelas palavras funestas e ao invés dos malogrado desabafos vômito eram substitutos as palavras. Como ela sendo do seio de uma família cristã caia naquele ardil a mando de um parente que febril dizendo ser membro da Ordem a ela a donzela pertencia ao ardil.

Eles que em todas as coisas ocultava infiltração se ressentem dos comunistas não por países como a China ao reprimir seu culto ao Deus das trevas, mas pelo fato do cristianismo que ao lhe fazer frente tornava-os mais sofridos, porém, o sangue dos cristãos mais apreciados do que de ateus. Porem, como predadores vorazes de ratos a humanos se alimentava e assim por todo canto como câncer se infiltração.

No pais em que estupro é defendido e impune, obrigatória é a vacina que não cura ou protege as vítimas dos estupradores que deveriam ser destruídos. E como a doença aquele recado tenebroso me estremeceu as pernas e me assentou num banco de rua numa palidez que desfaleceu-me numa palidez e rubor que fitou os céu. Aquele era o fim de minha Elaine e eu.


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