Páginas Sobre

domingo, 29 de agosto de 2021

Do Plágio ao Pastiche, Quais As Diferença

Nas artes a diferença entre plágio, pastiche, paródia e inspiração é similar a da filosofia, porém sendo diferente da epistemologia da ciência ou na religião. Ainda que obras de arte possam ter inspiração na ciência ou religião elas não são sinônimos. Ao contrário do sincretismo que se apropria de conceitos religiosos (e até científicos) variados e tenta derribar tais definições, a definição prática do plágio é uma cópia intencional e consciente que oculta a fonte da autoria ao contrário dos demais que não escondem suas referências. Sobretudo o pastiche e inspiração normalmente demonstram-se de modo reverente as fontes ao contrário da paródia que apesar de não esconder suas fontes e referências ela justamente debocha ou a crítica. 

Ainda que muitos julguem no ato de criar uma espécie de remendos batidos no liquidificador e descaracterizados como plágio a legítima cerne de uma obra original ao contrário de uma obra de Frankstein aspira a singularidade medida a proporção de sua originalidade. Ainda que toda obra tenha variavelmente sempre inspirações, a originalidade ainda que usem sempre de ponto de partida as experiências de vida, o mundo real, e obras influentes para este a construção a partir destas apresenta uma maior subjetividade perspectiva e originalmente imaginativa do que suas bases advindas. Obviamente, que o viés decoroso pela influência em si demonstre que o plágio sendo mais grosseiro não apenas negligencia a autoria como apresenta um maior grau de aproximação com as ideias que fora exposto sendo muitas vezes indecoroso, com o autor do original. Ao contrário da crítica a atos ou ideias alheias os quais as alusões ainda que não assumidas abertamente demonstram uma crítica firme a isto, o plágio enaltece tais ideias apenas como de si.

Assim como os Protocolos dos Sábios de Sião teve diversos trechos plagiados de 'Diálogo no Inferno entre Maquiavel e Montesquieu' do escritor francês Maurice Joly, as lendas do Santo Graal do autor de Percival ou le Conte du Graal, de um romance incompleto de Chrétien de Troyes (de entorno de 1190), a fundação da Sociedade Vril, precursora do nazismo advindo de um plágio da ficção científica de Edward Bulwer-Lytton publicou, em 1870, chamado “The Power of the Coming Race” (numa tradução livre, seria “O Poder da Raça do Futuro”) conprova que os resultados históricos são sempre desastrosamente conhecidos. Mesmo o uso criminoso de Friedrich Nietzsche no nazismo para pregar a raça superior e outros crimes. Deixa claro que não por menos os fundadores da pirataria astiavam a Jolly Roger, uma bandeira negra de caveira e ossos o qual a alusão é universalmente da morte. Os hábeis ladrões homicidas 'cavalheiros da fortuna' parecem ter paralelo mítico apenas aos dragões que amotuava tesouros roubados de suas vítimas destroçadas. Apenas monstros possuem necessidade fisiológica para o crime e mentira.

Um exemplo pode ser visto no conto que sou autor 'A Memória de Todos Nós' do qual nunca escondi a ideia ter sido inspirada num possível além final do Matrix Revolutions (que sim, me inspirou muito) e 'Cidade das Sombras' de Alex Proyas. Ao contrário da possibilidade desses tomar si (não saberia como!) e que como prova do ilícito é circundado por outros crimes (intencionais, e diretos ou não).

Trecho do livro 'Filoversismo: Manifesto Sobre o Conhecimento' de minha autoria.

Fonte: CanalTech

Nenhum comentário:

Postar um comentário