A Religião do Crime

A Maldade sempre será tudo que faz mal a sua integridade física e mental, e(ou) dolosamente aos seus bens. Não por menos preâmbulo da lei e mesmo caso clínico mediante as classificações de cleptomania, sadismo, parafilias e sociopatia.

Todavia, apelos aos malefícios ou benefícios da antiguidade são não apenas falácias em si como da generalização, a coisas antigas e primitivas que são como males que perturbam por séculos a exemplo da prostituição e drogas, ou mesmo os vírus de milhares e milhões de anos. Todavia a elementos efêmeros que servem de propulsão ao seu tempo, mas como tábua de salvação passam a ser apenas uma tábua de entulho sem a necessidade disto, tal como os instintos que primitivos são os mesmos do estado selvagem dos dinossauros. Ainda que a exemplo do iluminismo e liberalismo sem nunca ter provado sua eficiência plena (mas apenas parcial pela desigualdade) no mundo tendo seus conceitos ultrapassados pela psicologia, sociologia e socialismo sabemos que mesmo o conceito instrumentalista do utilitarismo implica limitadas utilidades a fins nunca plenos ou imparciais, mas de cálculos percentuais em razão exatamente de algo fragmentário, ao contrário das aspirações legalistas da constituição que em razão disso nunca são aplicadas plenamente. A obsolescência é um fato que deliberado, ou não (a exemplo da indústria), expressa um caráter em si de transitoriedade que torna o descartável e substituível, o único conceito efêmero sendo este sim a única a ser necessariamente revista e eventualmente descartada em razão do consumismo que contraditoriamente associa-se ao industrial que neoliberais atacam ao aquecimento global. A ideia de obsolescência é obsolescente a si  mesma pelo mesmo motivo de que todo senso comum reprodutivo deva ser questionável especialmente quando impõe que não o seja. Associações demagógicas de criptocratas que contraditoriamente acusam uma pré-história da velha ordem mundial apenas reproduzem igualmente atrasos anteriores a esta mesma, num espelhamento reacionário que remete a Roma. Ao contrário do obsoleto por ser superado como o próprio Império Romano, os Celacantos são fósseis vivos que prosperam até hoje, desde eras antes do homem por uma razão simples: eles coexistem pacifica e harmoniosamente em seu ambiente ao contrário do expansionismo cancerígeno de uma nova ordem mundial românica anterior ao cristianismo - única coisa que dela sobreviveu por uma razão simples, ser muito mais acolhedora ao atender anseios de mentes e corações ao contrário da coerção e medo permanente de estados policiais e de crises ao estilo orweliano. Caso o marxismo tenha apresentado problemas (e precise de ajustes) em sua aplicação o neoliberalismo hoje apenas domina pela legião de pobres e miseráveis explorados por políticas econômicas de trabalhos terceirizados ao sistema bancário inchaço por ser oneroso a seus clientes. O sucesso do neoliberalismo é literalmente nosso fracasso, pelo mesmo motivo que guerras alimentam a indústria de bélica e duras faltas contra civis e vencidos tanto como a importância de mortos a funerária. Se trata de um sistema sob um falso legalismo de sutil esquema de pirâmide Ponze onde o lucro do topo depende de nosso prejuízo, dívida, dano e afins. Os esquemas de pirâmides se elevam na edificação desigual sobre as bases da ruína alheia como as cidades da antiguidade que eram construídas sobre a ruína de cidades anteriores. A desigualdade forçosa contra os direitos alheios é um crime o qual a discriminação é apenas uma das faces, é a religião do crime.

Hieararquias muitas vezes são necessárias ou mesmo inevitáveis, mas não como degraus a escalada de alpinismos antiéticos e desiguais sobre alheios, se não apenas pela aptidão vocativa mediante justas credenciais e bagagem para suas posições, pois uma sociedade deve apenas decidir o lugar de alguém quando comprovadamente criminoso, na prisão.

Disso toda opressão hierarquizada visa estender seu poder por uma cadeia reprodutiva de comando que é apenas possível pela desigualdade. Estes normalmente prezam por uma classificação de estrutura de classes não baseada nas obras e aptidões dos habitantes, mas discriminações que se atém em preconceitos circunstantes que visam concretizar-se em meandros meramente reacionários, como profecias autorrealizáveis ao criar os males que eles mesmos dizem combater. De modo atemporal temos que buscar o que funciona a todos, não a um grupo ou momento, sendo na natureza ou sociedades, do passado ou presente ao contrário das demagógicas afirmativas incongruentes destes neo-reacionários que veem o futuro pelo retrovisor.