O submundo de Paris era o lugar e época a ser encontrado. E Zuri Fayola, a psíquica que os acompanhava pesquisava consciências e memórias passadas da protohistoria ao acessar a dimensão da subjetividade coletiva, habilidade de descobrir coisas do passado tanto quanto do futuro e um contato íntimo com a natureza. Aquele era o dom utilizado para rastrear John Roberts que era um tipo adormecido de psíquico membro dos seth. Quando conseguimos sincronizar a variável donde sua corrupção ocorreria em correntes subterrâneas ela lembrou que o rei dos psíquicos fora escravizado por bestiais opositores. O 'Hey-man', o qual o codenome de designação sua casta era psicotelos, teve na decadência dos psíquicos rivais o pretexto para a perseguição de toda sua espécie. Se o poder dos ídolos levados pela vaidade, ganância e soberba levou a ruína de impérios e sociedades que fundaram, ou se instalaram como deuses da diáspora dos psíquicos, aquilo levou seu domínio original duma psicopólis a dispersão e a miscigenação apenas sucedida pela ordem dos psíquicos do qual tanto mais eram guardiões do destino. Estes atuavam também através da ordem dos ventos que os soprava, e os protetores da humanidade o papel que a polícia deveria exercer. Dando lugar aos santos, profetas, visionários, pioneiros eles estiveram em todas partes.
– Desconhecia essa face dos Seth. – Comentou Max Zulu. – Os psíquicos são uma casta dos seth ou os seth destes?
"Ambos, pois o propósito destes é intuitivo a guardar o destino dos antagônicos a verdade e justiça." Respondeu Zuri fitando a catacumba frente e prosseguiu o pensamento. "Desde a queda da psicopólis. Estes mesmo com eventuais poderes de controlar animais porém não podem normalmente influenciar o livre-arbítrio. Sendo mais observadores e influenciadores do que intervindo diretamente na humanidade, donde clarividentes charlatões se tornaram imitadores. O mundo dos psíquicos tem suas próprias leis."
A Ordem Psíquica se submetia a constituição legal dos territórios que estão instalados, não seus poderes tolamente desacreditado por seus opositores a favorecer eles próprios. Assim eles passavam a atuar através dos sonhos, sonâmbulos, surtos, instintos e subjetividade. Apesar de não terem nascido para os subterrâneos estes também possuíam algumas bases sendo muito mais inteligentes e operacionais que a de seus inimigos ancestrais e escravizadores, como os que assim fizeram com alguns destes, de Nikola Tesla a John Roberts, homens de preto, inimigos não apenas deles, mas da humanidade e conhecimento legítimo, usurpadores.
O que eles chamam de memória genética é a alcunha de sua espécie que ativava a habilidade excepcional de alguns psíquicos penetrarem as subjetividades e suas memórias ancestrais.
Naquele momento Zuri pôs as mãos na cabeça e balançou ao tontear diante da entrada de um mausoléu que levava as catacumbas de Paris.
"Estão aqui. Todos sabem de seus bunkers como onde se escondem todos ratos e baratas, nos esgotos sanitários."
– Fora aqui onde encontramos um dos primeiros autômatos escondidos. Construído por John Roberts na antiguidade, com armaduras dos templários. – Comentei eu, Dominic Kaspar.
Zuri sentiu-se repentinamente abraçada para acalentar seus anseios, psíquicos contemporâneos pareciam não somente saudá-la, mas acudi-la em abraços de presença espiritual.
– Como vocês conseguem isso? – Indaguei perplexo ao sentir membros invisíveis envolve-la num amistoso abraço cordial.
"Assim como amputados se fazem sentir membros cortados estes fazem sentir toques e serem tocados sem os membros lá estarem. São da alta cúpula psíquica de seu tempo. Vivem como humanos normais numa vida discreta fazendo serviços de inteligência e coleta de informações empáticas. Preciso incorporar um dos desse submundo.” Completou ela.
Naquele momento passava um homem com um sorriso apodrecido que adentrou as catacumbas quando Zuri fechou os olhos e sentiu entronizar na mente doentia daquele zelador do Hades. Desceu as escadas e levantou o capuz adentrando os labirínticos e ocultos corredores do submundo donde suas reuniões eram única força motriz de sua existência vazia.
“John Roberts pervertido deve estar em algum lugar lá dentro. Sinto sua presença ao colocar a armadura autônoma, mas sem os demais itens.”
Naquele efeito, a psíquica Zuri paralisou e balançou um pouco ao contemplar incrédula sob os olhos do incorporado o motivo deles estarem no lugar dos mortos. Zuri controla um homem corrupto, membro duma seita templariana, para entrar nas catacumbas. Ela vê algo tão horrendo que poucos ousam olhar sem perder a sanidade. Um ritual donde John Roberts era submetido a horrores inomináveis ao lado de outras vítimas e algozes. Uma tonteira sobreveio a Zuri que com seus cabelos cacheados bambeou.
Lá embaixo, desde o castelo templário, John Roberts era obrigado assistir atrozes rituais sub-humanos que deram lugar a lhe obrigarem a fazer todos horrores sob ameaças de fazerem com os seus que alheios das masmorras grotescas na superfície viviam suas vidas socialmente saudáveis. Dentre seus soluços de choro pranteados e vômitos em ojeriza fez crueldades e sua sanidade se liquefez, John Roberts se perdeu e nunca mais se achou a não ser um pálido eco odioso a si mesmo não mais discernindo certo de errado, ou verdade e mentira, a não ser o eterno desejo de fazer sofrer para não sofre-lo. Abandonado por Jonh Octavios (que havia sido morto na incursão para salva-lo naquela variável) ante o aperfeiçoamento da desumanização que arrastava a humanidade em traumas e vícios que destituíam qualquer mentalidade saudável. Era numa fonte de insanidade o desespero que estremecia até os ossos ante tudo que era unanimemente condenável. Assim seu corpo e mente foram violados e violaram contra toda natureza e lei natural. Era a iniciativa do templarismo da Ordo Ad Insaniam donde há uma fonte cinza da subtração da razão donde emana a insanidade, do que o povo que não merece ver estes que não são dignos nem de nos olhar ali presentes. Assim Roberts passou impor adoração a Osíris e Baal a força em todos países, assim como o Brasil.
Da fonte da insanidade o mero contato visual é risco a saúde mental quando todo sentido, lógica, motivo se dissipa ante a dissolução de qualquer limite, regra, critério ou lei levando as pessoas desejarem apenas morrer ou matar. O único resquício mental era de medo de sofrer, ódio dos que fazem sofrer e ganância e inveja dos que ainda não o sofrem.
Naquele moedor a humanidade se liquefazia na destituição da sociedade e altos prazeres, programando máquinas ocas da psicopatia numa surcuçal que era apenas um ensaio da eternidade no inferno a gerar rejeitos da humanidade que desaguassem no lago de fogo do inferno. Era donde parafilias e sadismo eram alimentos duma necessidade hedionda análoga a Ozak.
O vampiro se esbaldava em risos de escárnio ante os gemidos de dor e sangue em sua bestial luta contra a humanidade. Donde seu discurso ritual apresentava o “bom sanitariano”, um traficante de pessoas que vendia mulheres que sequestradas ficavam sujas de urina, excrementos, vômito e esperma para seus treinamentos espúrios onde eram molestadas e mortas a gerar no seio da terra, dos túmulos humanos de catacumbas, um exército morto-vivo de apátridas da fraterna nação humana. Destituído de intelecto num sobrevivencialismo bestial, a morte e sexo se mesclavam num ranço reacionário condenável a qualquer vivalma de bom senso. Caso para os mártires a morte seja ganho, para os algozes é alívio e ganho para o mundo. Os que mais acham usar a morte são os mais usados por ela até serem levados pela mesma.
Alinhando o pensamento ela fez o homem dizer em disfarce.
- Ódio aos altos prazeres e a humanidade. Quero apenas desonrar meu corpo e morrer.
Ao terminar de contemplar a temerária visão Zuri vomitou com olhos mareados temendo usar os lábios a explanar os comissários do diabo no submundo.
Zuri sentiu-se suja ao adentrar aquela mente impoluta, porém, o serviço fora feito ainda que Roberts agora fosse um vampiro. Eu e Chang pegamos os textos que tinham mapas e designações de planos e rituais e nos retiramos.
“Somos protetores da humanidade, guardiões para que esse inferno não transborde e seja regurgitado na superfície da terra.” Pensou ela em telepatia.
Olha o que você fez? Fora tentar impedir nossos crimes e agora é responsável por estuprar e matar elas. – Falou Ozak Fortuna.
O homem se retirou tonto e disfarçadamente pegou os textos e saiu das catacumbas enquanto John Roberts agora dia do negro agonizando.
“É um sonho o pesadelo acabar. Aqui fora sepultado John Roberts e não mais resta resquício de seus dons e intelecto a não ser reminiscências do ódio a humanidade. Ele era um seth psíquico que perdeu a Telopatia e dele agora improbabilidades emana.” Comentou ela em telepatia.
Ele se tornou a ruptura das probabilidades a um mundos de improbabilidades negativas.
Agora Zuri então usava o encarniçado corrupto incorporado a pegar pergaminhos ante o ritual enquanto buscava. Inserir uma informação plantada no subconsciente em Roberts que como chave abre as portas para o conhecimento dos antigos na subjetividade coletiva donde as flutuações e variáveis dimensionais seriam apenas partes subjetivas da dimensão mental. Era um vírus a torna-lo num cavalo de troia afim de destituir o absurdo de transtornar a realidade do mundo ordinário.
O homem subiu a tona deixando os textos de profanos crimes contra a natureza humana e divina quando ela deu para trás tonta no momento que este pegou um punhal e abriu a própria garganta caindo ao chão entre esguichos de sangue ao ser acudido por um padre que alheio lá estava.
Zuri sentiu-se suja ao adentrar aquela mente impoluta, porém, o serviço fora feito ainda que Roberts agora fosse um vampiro. Eu e Chang pegamos os textos que tinham mapas e designações de planos e rituais e nos retiramos.
“Somos protetores da humanidade, guardiões para que esse inferno não transborde e seja regurgitado na superfície da terra.” Pensou ela em telepatia.
Aquelas eram as leis da Ordem Psíquica: a primeira e mais importante a de usar seus poderes a benefício da humanidade, para protege-la, e nunca para se beneficiar ou se exaltar como um deus; a segunda era garantir no possível o anonimato desses dons ainda que noutras habilidades não abrissem mal de reconhecimento; por fim a lei da autoproteção que não contrariando as outras leis este deveria garantir que seus dons não sejam um mero fardo de apenas amargo ônus.
Todavia, para o anonimato dos dons outrora haviam exceções ainda que no futuro eles teriam de ser revelar ao mundo por falta de escolha, ante os flagelos e perseguições de seus inimigos contra a humanidade ao serem expostos deliberadamente para serem mortos por defender a humanidade e o bem comum.
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