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sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Sintomas de Totalitarismo

A seguir segue um trecho do capítulo 'Sintomas de Totalitarismo' do livro 'Vício & Trauma' de minha autoria:


O poder absoluto apenas é possível em proporção ao controle que o perfaz, disto o ódio a liberdade criminalizada mesmo em seu direito ante o inquisitivo idealista da própria vontade em alheios, na abstinência total ou parcial da objetividade dos fatos. Quem domina não liberta, quem oprime apenas impõe o próprio desejo contra o direito, pois o poder total é o totalitarismo. De ações ao pensamento que fuja aos ditames disso é o indesejável ao previsível que almeja tal controle. Prever e controlar sempre serão ferramentas do poder que ao contrário da democracia não regula ou corrige ante a lei e fatos senão em alheios a própria vontade inconstitucional.

Logo, do controle advém as ferramentas comuns ao totalitarismo, do medo, vicio, traumas, cobranças e impostos desproporcionais aos direitos, e toda sorte de problemas em prol da manutenção desse poder que não dispersa a si mesmo, mas apenas se centraliza a proporção de si mesmo, pois este sempre buscará problemas apenas para exercitar a si mesmo.

Do idealismo é a busca utópica pela perfeição do ideal inatingível pelas imperfeições inerentes entre a teoria e prática do arbítrio e aleatório. Disso o idealismo totalitário sempre insatisfeito com a própria irresponsabilidade asservera a fúria.

Do materialismo como enaltecer objetivo da matéria ao pragmatismo que ressalta a importância das ações perfazem distinções dos quais, no entanto, cada qual apresentam valor pois das ideias nascem ações que acomodam substância na realidade objetiva da matéria pelo motivo de que assim como agir sem pensar é estupidez, pensar sem agir inútil tanto como matéria sem ação é inércia. Disso a imposição a força demonstra sintoma totalitário como dos radicais que não aceitam centelha de oposição nem no pensamento. Logo o idealismo impositivo sempre será o germe do totalitarismo da relés subjetividade do desejo contra os fatos e leis. Dentre todas características acima assentam precursores do totalitarismo que sempre serão indesejáveis aos povos tanto como a democracia que dele advém.

O totalitarismo é o maior e mais alardeado inimigo da sociedade aberta e livre publicado por Karl Popper em seu livro, pois é quanto todas as doutrinas de remédio se transformam em veneno pelo fato de que por si só impor a liberdade é uma incongruência semântica que demonstra impor apenas a própria vontade. O totalitarismo é a radicalização ditatorial das crenças como inimiga a toda diversidade e direito alheio como megalomania da insanidade organizada.

Antagonicamente a democracia (ainda que em primeira instância assim possa se camuflar) esses meandros buscam minguar qualquer oposição tanto como direitos individuais que favoreçam maior arrebanhamento coletivo ainda que a pretextos pseudosocialistas.

O controle desses inicialmente tem intensidade forte, mas curta, longa mas fraca, grande, mas não tudo ao mesmo tempo. Convém controlar mais o que está aparente enquanto o inerente é o âmago que levará perder o controle sobre todos caso exposto, mas com claras pretensões e aspirações totalitárias.


Dentre os sintomas totalitários estão:

- Falta de transparência e censura na ocultação de fatos e atos indesejáveis;

- Ferramentas de poder: medo, problemas sociais, vícios, traumas, males, cobranças excessivas e violência simbólica;

- Criminalização da liberdade de pensamento e ações mesmo em seu direito legal.

- Irresponsabilidade moral e histórica;


Caso inevitável o combate frontal ao extremo oposto o princípio físico da proporcionalidade simétrica o perfaz em suas atitudes, cada ação uma proporcional reação contrária que vise harmonizar os efeitos caóticos ou tirânicos do oposto.

Todo poder que opera em desigualdade é opressor ou oprimido, um pela supressão e outro pelo excesso. Disso assemelhasse o extremo, radical ou fanático na abstinência de proporcional oposição. Assim como para o autoritarismo aplicamos uma dose anárquica e para impostos excessivos desobediência civil, quando o problema ao direito e democracia está a direita jogamos para a esquerda, tanto como para o oposto. Dos tribunais franceses da revolução onde os burgueses outrora estavam a esquerda do clero e realeza, hoje estes estão a direita. Todavia aos termos do povo tanto como do indivíduo conservamos o que serve a democracia e buscamos mudar pra melhor o que não, pois nem tudo são mudanças assim como estática ante a ética circular.

Do contrário denota sobretudo um fim em si mesmo, não meio de harmonização ante um similar oposto mesmo que a aparência disso force artificialmente como mesmo ato de criar inimigos com fins de reivindicar prerrogativa de legitimidade moral tanto como o uso de quaisquer problemas sociais, econômicos ou políticos tendo fins de mera manutenção de poder. Tal poder proporcional defende, não ataca gratuitamente e sob viés volitivo e idealista radical, mas defende sendo as vítimas ou a si mesmo na legitima defesa de seus direitos constitucionais. A delimitação oposta identifica apenas o inimigo social em si sob o viés antidemocrático tanto como o de delito e crime ou precursores dos que iniciam guerras injustamente, pois as vezes o problema está no próprio combate ao problema em fins de poder egoísta, como definida a reivindicação injusta e arbitrária na ausência de proporção as leis definem o aspecto em si mesmo como causa primeira.

Tanto como o medo que visa a dominação predatória, a operação pela divisão busca a inimizade para enfraquecer e combater, mesmo que a pretexto de libertação quando é apenas pela conquista ou destruição do que deseja dominar e suplantar em submissão. Ora, a verdadeira libertação não divide, mas une a salvo a quem lhe é oposto, o opressor. A dissolução do tendencioso demonstra interesses além alegado abertamente, mas conflagra conflito de interesses e má fé ao se permutar de modo infiltrante ou pela divisão. Quem desse modo promove contenda e discordância raramente deseja o mesmo ante si, pois o interesse assim demonstrado implícito depõe contra si mesmo, assim como a contra-inteligência visa desacreditar e enganar apresenta assim a própria caracterização da inimizade ao não ser embasada imparcialmente na objetividade dos fatos. A opressão é inimiga dos povos e a dissimulação do oposto é por isso desejada mesmo mediante a ilusão de liberdade. Qual povo servirá quem confessa abertamente que nascemos apenas para ser serviçais e escravos? Antes as maiores ditaduras nasceram nas mais doces palavras e as mais aparentes sinceras intenções quando o 'pré' está a frente. Todavia tais sinais assim demonstram o oposto.

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