“Réunion de 35 têtes d’expression”, de Louis Leopold Boilly, imagem usada na capa do livro Tempos difíceis, de Charles Dickens. |
Assim como toda boa árvore tem bons frutos, ela assim o tem por ser firmadas e raízes saudáveis. Os fundamentos disto não contradiz seus frutos, antes os fortalece mediante a base em bons nutrientes. Assim como o cerne de toda verdadeira doutrina, crença e política que por mais que crie novos ramos este não contradiz o tronco. Ao contrário de cupins e outros parasitas, a árvore tem relações simbiótica com os que semeiam novos rizomas de suas sementes de seiva, os pássaros que nela se apoleiram e constroem lares, se alimentam, sendo bons ajudam a espalhar a mensagem da mesma. Mesmo a comunhão amistosa da árvore com outras ocorrem quando a harmonia perfaz a selva da sabedoria do qual apenas a exploração parasiteia e industrial destroem. Mas quando o solo é ruim a árvore morre e quanto ela é má tem raízes apenas no inferno.
Assim o princípio original da política é o serviço ao povo, o modo de governabilidade da pólis, mesmo radical de polícia e metrópoles. Disto a democracia fora uma progressão natural como ressignificação desse serviço à abrangência do povo, donde advém o termo demos. Por esse motivo a política é, na realidade, uma ferramenta tanto de 'demos' como a 'pólis' e que assim deve se submeter exclusivamente ao bem comum, não a interesses elitistas, ideológicos ou de crenças mesmo que entenda na diversidade a preservação da pluralidade do povo.
O mesmo vale assim ao comunismo ou liberalismo como ferramentas sendo o oposto uma perversão em si mesma desde sua conceptualização. Todavia, pontos de inversão demonstram um devir os quais os sintomas atropelam direitos individuais e o bem comum sendo erro ordinário a escalada de poder, de qualquer classe que ambicione ser elite ou assim trabalhe para continuar a sê-la.
Tais erros comuns mesmo a evolução de comunitários cristãos primitivos que em momentos futuros se tornaram de oprimidos a opressores, ao próprio comunismo em si. Ainda que não sendo erros originários de seus fundadores foram desvios deste como ferramentas de serviço ao povo tanto como o que se tornou num agravo ainda pior o neoliberalismo norte-americano.
Os sintomas sempre serão similares ao atribuir valores utilitários (antagônicos do cristianismo ao marxismo de raiz) ao embalsamento de ídolos comuns a ambos, tanto em termos literais - ou não, em ideológicos, práticas como de credo. Se mesmo para Jesus Cristo a salvação do ser humano em seu sacrifício era o centro de seu serviço a humanidade, o cristianismo é a representação primordial desse serviço aos povos que mesmo sendo um ato hipoteticamente espiritual sua representação política é irrefutável.
Aqui, mesmo que Jesus sendo Deus, Ele na representação simbólica de lavar os pés expressa essa máxima de serviço aqueles que sendo peregrinos, na condição de perseguidos, ganham novo devir significalistas e libertador ao contrário de deuses tiranos que exigiam o sacrifício e adoração como as representações humanas fazem através de seus desvios e abusos autoritários, de qualquer ditadura, sendo o fascismo ao nazismo, sendo despóticos ou oligarcas em tons autocráticos. Basicamente quando estes deixam de ser uma ferramenta de serviço, e se torna um fim em si mesmo, evolui a megalomania que se acha muito mais do que é ao se julgar o centro de absolutamente tudo, quando mesmo Deus se acha menos ao não impor a unanimidade, inclusive nisso e no livre-arbítrio. Antes ateus prosperam não provando sua inexistência, mas benevolência tolerante ao contrário dos antagônicos as liberdades individuais e bem comum. Por isso o fanatismo e radicalização prática destes é o ópio, não quando minorias vulneráveis que devem ser defendidas, sendo religião, cor ou origem.
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