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sábado, 25 de dezembro de 2021

A origem do serviço político e o desvio de poder

“Réunion de 35 têtes d’expression”, de
 Louis Leopold Boilly, imagem usada na
capa do livro Tempos difíceis, de Charles Dickens. 

Assim como toda boa árvore tem bons frutos, ela assim o tem por ser firmadas e raízes saudáveis. Os fundamentos disto não contradiz seus frutos, antes os fortalece mediante a base em bons nutrientes. Assim como o cerne de toda verdadeira doutrina, crença e política que por mais que crie novos ramos este não contradiz o tronco. Ao contrário de cupins e outros parasitas, a árvore tem relações simbiótica com os que semeiam novos rizomas de suas sementes de seiva, os pássaros que nela se apoleiram e constroem lares, se alimentam, sendo bons ajudam a espalhar a mensagem da mesma. Mesmo a comunhão amistosa da árvore com outras ocorrem quando a harmonia perfaz a selva da sabedoria do qual apenas a exploração parasiteia e industrial destroem. Mas quando o solo é ruim a árvore morre e quanto ela é má tem raízes apenas no inferno.

Assim o princípio original da política é o serviço ao povo, o modo de governabilidade da pólis, mesmo radical de polícia e metrópoles. Disto a democracia fora uma progressão natural como ressignificação desse serviço à abrangência do povo, donde advém o termo demos. Por esse motivo a política é, na realidade, uma ferramenta tanto de 'demos' como a 'pólis' e que assim deve se submeter exclusivamente ao bem comum, não a interesses elitistas, ideológicos ou de crenças mesmo que entenda na diversidade a preservação da pluralidade do povo. 

O mesmo vale assim ao comunismo ou liberalismo como ferramentas sendo o oposto uma perversão em si mesma desde sua conceptualização. Todavia, pontos de inversão demonstram um devir os quais os sintomas atropelam direitos individuais e o bem comum sendo erro ordinário a escalada de poder, de qualquer classe que ambicione ser elite ou assim trabalhe para continuar a sê-la. 

Tais erros comuns mesmo a evolução de comunitários cristãos primitivos que em momentos futuros se tornaram de oprimidos a opressores, ao próprio comunismo em si. Ainda que não sendo erros originários de seus fundadores foram desvios deste como ferramentas de serviço ao povo tanto como o que se tornou num agravo ainda pior o neoliberalismo norte-americano. 

Os sintomas sempre serão similares ao atribuir valores utilitários (antagônicos do cristianismo ao marxismo de raiz) ao embalsamento de ídolos comuns a ambos, tanto em termos literais - ou não, em ideológicos, práticas como de credo. Se mesmo para Jesus Cristo a salvação do ser humano em seu sacrifício era o centro de seu serviço a humanidade, o cristianismo é a representação primordial desse serviço aos povos que mesmo sendo um ato hipoteticamente espiritual sua representação política é irrefutável. 

Aqui, mesmo que Jesus sendo Deus, Ele na representação simbólica de lavar os pés expressa essa máxima de serviço aqueles que sendo peregrinos, na condição de perseguidos, ganham novo devir significalistas e libertador ao contrário de deuses tiranos que exigiam o sacrifício e adoração como as representações humanas fazem através de seus desvios e abusos autoritários, de qualquer ditadura, sendo o fascismo ao nazismo, sendo despóticos ou oligarcas em tons autocráticos. Basicamente quando estes deixam de ser uma ferramenta de serviço, e se torna um fim em si mesmo, evolui a megalomania que se acha muito mais do que é ao se julgar o centro de absolutamente tudo, quando mesmo Deus se acha menos ao não impor a unanimidade, inclusive nisso e no livre-arbítrio. Antes ateus prosperam não provando sua inexistência, mas benevolência tolerante ao contrário dos antagônicos as liberdades individuais e bem comum. Por isso o fanatismo e radicalização prática destes é o ópio, não quando minorias vulneráveis que devem ser defendidas, sendo religião, cor ou origem.

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