Dissociado dos atos iniciais e fatos científicos, toda diferença discriminada é socialmente rascunhada como caricatura, um signo do inferior e desprezível que ao ser consumada na segregação funciona como uma quarentena apenas a doença do próprio ódio. Ódio dos quais os sintomas mais graves apenas são sentidos na desigualdade ao qual sofre as vítimas.
A antiética em sua inversão e busca por associações indiretas e inverossímeis de responsabilidade é uma extensão pseudocientifica dos hábitos e costumes a exemplo dos crimes de discriminação e códigos operandi da criminalidade. Por isso o negacionismo se enclavinha com a negligência.
A discriminação ao promover o ódio intencionalmente calunioso pelos dominantes não se trata apenas de um exercício de subjugar e poder como autoafirmação, mas de desviar o próprio caráter desprezível e odioso ao buscar legitimação moral na invenção de um mal que encarne apenas tudo que são. O moralismo assim despótico é uma máscara civilista para o duplo padrão moral ao visar justificar apenas a própria crueldade fútil e torpe sobre alheio. Mais que o sobrevivencialismo as facilidade e excessos dolosamente ilimitados e impunes desse poder demonstram ser muito mais corruptores de caráter pelo efeito Lúcifer que o primeiro.
A discriminação como profecia autorrealizável do próprio ódio não apenas rótula, como usa de inúmeros meandros para consumar seu ódio ofensivo e rebaixante sobre as vítimas. Forçando delegar papéis que as caracterizem a inferioridade que sacie a mania de grandeza dos dominantes. Por esse motivo o termo 'minoria' poderia ser facilmente associado a 'minos' dos minoicos donde o mítico labirinto criado visava separar e segregar a figura satírica, depreciativa e inferior do Minotauro. Pois as minorias diversas, dos mendigos, prostitutas, doentes físicos e mentais, tais como "favelados", sendo considerados "desprezíveis, miseráveis e desgraçados" como minorias a sociedade, os dominantes não desejam que sejam vistos ou respeitados por ter neles projetados esse arquétipo "monstruoso" da desigualdade deliberada pelas elites. Nisso minos sempre será menor ante esses labirínticos classicismos que tornam uma sociedade sob camadas até a minoria ante os mimos que os dominantes detêm pra si.
Como os círculos infernais de Dante esse labiríntico classicismo separa a cada circulo as cepas de discriminados odiados e condenados pela sociedade, a sofrer o ódio, medo e sobrevivencialismo purgativo eterno do qual o falso ativismo e legalismo é apenas uma torre de marfim panóptica que apenas vigie e garanta a ordem classicista discriminatória.
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