Os primeiros e principais problemas ao lidar com viagem no tempo são questões essencialmente filosóficas e éticas sobre o destino, o livre-arbítrio, o problema do mal que estão interconectadas. Caso haja destino ele não anula o livre-arbítrio necessariamente e assim a responsabilidade inerente ao problema do mal caso uma atrocidade seja destino necessário para o surgimento de um bem. Ainda que impedir seja moralmente correto anula o destino. A resposta para isso é a proposta de não interferência ainda que não anule a responsabilização posterior de seus perpetradores. O mesmo pode ser visto nos aspectos filosóficos das profecias bíblicas: Jesus poderia não aceitar morrer na cruz, mas se entregou (livre-arbítrio) por compreender o destino ainda que isso não anule a responsabilidade do problema do mal que o perpetrou em injustiça (vide Judas Iscariotes, Herodes e o carrasco).
Uma moral ética de viagens no tempo seria muito parecia com a proposta pelas filosofias das profecias bíblicas ainda mediante níveis inexoráveis ou variáveis, quando eventos inexoráveis a exemplo do sonho das sete vacas gordas de Faraó a José demonstra que determinados eventos não podem ser anulados ou impedidos (destino), mas podemos nos preparar para eles (livre-arbítrio) para sobreviver, semelhantemente a ideia da concepção da arca de Noé. Notadamente a significação do número sete a exemplo do sonho de José parece aludir mesmo a proposta de inexorabilidade, ou seja, destino. Isso intui que ainda mediante um influxo de tempo inexorável como a ancora do tempo, dentro disto há variáveis presumíveis no livre-arbítrio humano. Similarmente as revelações proféticas de Apocalipse alude a inexorabilidade de um evento final (destino) que, no entanto, exorta a preparação ante o mesmo restando ao cristão as possibilidade (livre-arbítrio) de variavelmente se adequar a uma das cartas do apocalipse ou não podendo ser condenado ou salvo.
A premissa de ciclos de viagens no tempo similarmente ao contemplar aspectos de destino e variáveis. A bíblia é o primeiro livro a demonstrar tais questões pertinentes a viagem no tempo, pois fisicamente compreendemos que a transmissão de meras informações ao passado, a exemplo das profecias, é uma forma de viagem por ser capaz de alterações tangíveis no mesmo. Ainda que olharmos para o passado compreendamos ele como imutável dar-se-á a falsa impressão de que o livre-arbítrio ante a possibilidade de livre-arbítrio ou destino inexistem o que é tão ilusório quanto a própria noção de separações de tempo entre passado, presente e futuro. De modo que assim a bíblia é uma fonte confiável em tais questões ulteriores a própria filosofia e ficção científica.
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