Do surgimento da filosofia mais que a compreensão do universo buscava-se a busca da beleza de sua verdade. Ao contrários das sombras que permeavam a caverna de Platão, não se contenta com o parcial do mesmo, mas a correspondência total. De certo isso aplicado a filosofia moral como preceito estético ao abrange os comportamentos denota a busca de mesma beleza que aspire a padrões harmônicos ou simetrias complementares.
A ética é a estética de dentro, das ações, de modo que mesmo a moral sob a forma da lógica, ou a lógica sob a forma da moral, expressam beleza quando verdadeiras. Sendo assim a coerência demonstra uma elegância, um senso de belo além aparências, mas à lá inerência. Pois nem tudo que é belo é verdadeiro ou bom, mas tudo que é verdadeiro e bom é belo. Assim o erro de atitudes ou de lógica se tornam feios ainda que sob a camada lustrosa de retóricas e sofismas, que por isso lança mão do mesmo como maquiagem ao não corresponder a verdade.
Desse modo a beleza não é somente amiga das artes visuais ou musicais, mas também há de se manifestar na ciência, na filosofia, política ou mesmo modelos matemáticos e físicos os quais as resoluções apresentam maior elegância. A beleza que apresenta-se como uma harmonia de modelos comportamentais ou das formas físicas, são onipresentes ainda que se apresente sob variáveis.
Sempre me atrai pelo belo, não obstante, quando esse corresponde a beleza interior da ética ou dos belos sentimentos que adornam a experimentação de sua beleza (a beleza é tudo, e nada mais belo que o amor e a felicidade que unicamente sabe enxergar o belo), mas como motivo de sê-lo, afinal flores não combinam com sangue, ou botas que as esmaguem. Esse senso de beleza equivale a correspondência estética do mal do qual advém o feio do medo, da dor e sofrimento catedráticos do inferno sob o eufonismo do caos que oculta o niilismo da feiura numa redundância existencial ao ferir o propósito sob a égide atroz do randômico. Ainda que esse senso de beleza esteja presente no mundo real, onde a desigualdade e injustiça predominam, a arte do belo se perfaz sobre este, como a flor que nasce das ruínas no deserto da abiose social. Os bons olhos assim buscam essa beleza não somente no aparente, mas no inerente da alma que representa o âmago de toda estética, da vela acessa na escuridão ao homem que dentre desonestos e corruptos permanece incólume.
Mais bela as comemorações de multidões sob a vitória, do que das possessões coletivas sob a guerra. Ainda que o fotografo saiba extrair de ambos belas fotos, nela consiste um triunfo do padrão estético sob o aleatório do qual que é a guerra, da luta sobre a dor, não do triunfo da dor sob quem luta.
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