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sexta-feira, 25 de julho de 2014

A Filosofia dos paradoxos

Conforme o dicionário Aurélio e tantos outros determinam um paradoxo, este se define como uma afirmação verdadeira que leva a uma contradição lógica, assim normalmente colocada como sinônimo de contradição, ou uma situação que contradiz a intuição comum. Esta última concepção é o ponto de partida inicial para um estudo mais aprofundado, mesmo que inicialmente filosófico, dos paradoxos, no que resulta na Paradoxologia. Estes paradoxos ao longo dos tempos acabaram sempre vistos como um propulsor comum não somente a filofosia, mas a ciência e matemática. Na verdade não existe uma datação exata da designação do termo, sua etimologia remota de textos da Renascença a mais de 500 anos atrás. Suas primeiras variáveis vieram do latim paradoxum e no grego paradoxon, do qual sabendo-se que o latim deriva-se do grego não permite precisão quanto à origem. Determina-se Para como "contrário a", "alterado" ou "oposto de" terminada pelo sufixo nominal doxa que quer dizer “opinião” (ex:. Ortodoxia e heterodoxo). Porém, o termo Paradoxologia se refere não aos paradoxos no sentido do termo etimológico, mas o resgatando da contra-lógia ao status de fenomenologia, por isso podendo-se também se chamar paralógica, por lidar com conceitos da lógica, ilógica e a chamada sobrelógica por se demonstrar acima da lógica comum, não contraria a esta. Assim a Paradoxologia não se trata da busca dialética por verdades contraditórias [ver Parte IV] , ou oposicionismos ideológicos, mas de que aparente opostos podem se conter num paradoxo, não significando porém que são confrontivos anulativos ou contrários em afirmação como a contradição. Para se iniciar descarta-se os paradoxos considerados expressivos como o dito por Alfred Korzybski "O mapa não é o território".
Mesmo assim é muito fácil confundirem a Filoversia com a proposta meramente dialética, de sucessões e contrariedade. Não se trata de paradigmas. O paradigma no meio científico explica uma parte não se explicando o todo, representa apenas a funcionalidade especifica perdendo função parcial ou totalmente diante do funcionamento geral do universo, mas os paradoxos podem bem faze-lo. Para isso, no entanto, é necessário separar ambos distinguindo as palavras “contradição” e “paradoxo”, assim como Infinito versus eterno, como sendo expressões que apesar de compartilharem semelhanças e traços incomum são irremediavelmente distintas em propósito e significado. A contradição tem correlação direta com a artificialidade e autonegação ao passo que o paradoxo refere-se a harmônica não de auto-negação anulativa por conceitos e afirmações que se confrontam diretamente, mas existente por si só, não é confrontativo. Um Paradoxo não tem origem, mas sim começo: Não existem coisas infinitas, mas sim infinitas formas de coisas. De acordo com o quadro definido por W.V.Quine em 1962, dividia-se os paradoxos em duas classes: os verídicos que por mais absurdo que fossem os resultados são verdadeiros (ex: paradoxo do aniversário de Frederic na opereta The Pirates of Penzance) e os paradoxos falsídicos que são falaciosos ou contradições comprovadas. Poderia-se ainda se classificar nisso as chamadas antinomias, bastante similar aos paradoxos falsídicos. Paradoxos irracionais consideram-se os três primeiros, são contradições ou como se pode determinar aberrações, começando pelo Paradoxon Anomia que nem consegue se encontrar no quadro dos seis Paradoxos, por se considerar uma excedente, mesmo que apenas os dois primeiros (anomia e flacus) sejam negativos e reais positivos, onde o moralis pende mediante sua resolução. Substituí-se a contradição antiga pela tradição com e dos paradoxos. Assim abaixo faço uma divisão em nível crescente dos paradoxos de acordo com a veracidade e grandeza, do qual nega-se parcialmente o esquema definido por W.V.Quine:

0 - Paradoxon Anomia: Este paradoxo é representação anômala, uma espécie de paradoxon flacus com maior potencialidade na natureza, mesmo que de forma incomum, uma falsa exceção, mas que na realidade se demonstra como uma espécie de “erro” na concepção das leis naturais de modo que estas não se aplicam comumente a este. Algo que consegue ser contra as leis naturais e(ou) morais, assim podendo transitar entre as duas denominações de paradoxos abaixo, sendo da classe de paradoxos irracionais e negativo podendo por em risco a estrutura do espaço-tempo.

1 - Parodoxon Flacus: Este é um paradoxo da estupidez, paseudo-paradoxo ou paradoxo do mal: contradição auto-anulativa, pode se dar, por exemplo, a afirmações que se contradizem ou conceitos contrários em anulação mutua, não presentes na natureza, mas inerente ao homem.

2 - Paradoxon Moralis: Dilemas, paradoxos morais, muitas vezes resultantes da perceptividade da realidade (verda ambiguia ou parcial) que podem levar ao Paradoxon Flacus, demonstrando-se por duas afirmativas contrarias não contratitórias. Este é outro paradoxo antropológico (exclusivamente neste caso), mesmo que o paradoxon anomia pareça um dilema para a ciência, de modo que os dilemas científicos sobre a atuação do homem em determinados casos são paradoxon moralis.
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3 - Paradoxon Absolutus: É um Paradoxo real conhecido por ser cíclico, existente por si só, mas apenas em seus elementos sendo dependente de outros. Considera-se [semi]eterno: temporal. Os paradoxos absolutos se demonstram na natureza e os ciclos naturais, por exemplo, e tem correlação com o infinito, não necessariamente eterno, por sempre se suceder e não sendo imutável, mas absoluto no modo de atuação por suas leis naturais, por exemplo: as águas evaporam, formam nuvens que se precisam como chuva que congelam que ao derreterem e evaporarem formam novas nuvens que as levam cair novamente como chuva assim sucessivamente.

4 - Paradoxon Aeternus: Este Paradoxo real é não cíclico, sendo existente por si só, eterno, na concepção por exceder a noção de espaço-tempo comum, logo não sendo passível de aplicações como a da relatividade de Einstein. Estes paradoxos estão diretamente ligados ao paradoxon-mor ou servem como claros indícios, podendo assim ser parte deste.

5 - Paradoxon-mor: Paradoxon-mor é um Paradoxo Real de primeira grandeza, definição de Deus ou de potências 'oni', por meio de eventos, elementos e fatos pode-se levar a contemplação-esboço do que se considera Deus, ou sua potência, que pode se enquadrar neste quesito elementos não passíveis de explicação pela ciência mesmo que jamais contraria a ela, a exemplo dos elementos inexplicáveis na teoria da evolução, como o Olho de Darwin, por exemplo, não é algo ilógico, mas alógico.
O Porque dos paradoxos Primeiramente posso te fazer uma pergunta? Bem, acabei de fazer uma, ou seja, pedir para fazer uma pergunta é ilógico porque já é uma! Isso implica no fato de estar seguindo uma regra (de ser educado e perguntar antes) e quebrá-la ao mesmo tempo. Em resumo um semiparadoxo que dará volta em torno de si mesmo infinitamente, está mais para um paradoxon moralis. Então de nada adianta falar dezenas de belas palavras para explicar algo se a lugar nenhum chegamos. Chamo isso de redundância intelectual, ou masturbação de QI. Afinal os paradoxos em geral estão no mundo para provar a existência do eterno, como concausa absoluta. Ora, o mundo, o universo, é feito de paradoxos, há dezena deles em diversos tamanho-grau-grandeza e acredito que possa haver um modo de medi-los de acordo com sua magnitude, conforme descrita anteriormente. Inclusive Deus acredito que possa ser medido como o maior dos paradoxos devido sua complexidade e grandeza auto-abrangente. O mero fato de comprovar os paradoxos como existentes explica que nem tudo é explicável, logo devemos nos preparar para o inexplicável cuja resposta são em parte os paradoxos. Mas isso é outro paradoxo? Isso porque o universo material é uma grande equação em busca de equilíbrio constante. E o que aconteceria quando se este encontrar sua forma final? Essa é a certamente a maior e mais relevante das perguntas...

Trecho do Livro ‘Ecce Libro’ de Gerson Machado de Avillez – 2012 ® Sigam-me no Twitter @GersonAvillez e visitem http://gersonavillez.blogspot.com

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