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sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Meu 2021 em Números

2021 fora um dos melhores anos literários para mim, tanto no âmbito de produção imaterial quanto de publicações atingindo a participação em seis antologias e duas novelas lançadas nos anos anteriores. Poderia ter sido ainda melhor não fossem os crimes e sabotagens sofridos, tanto de aprovações para publicações de livros a convites de publicações de artigos.

Quando dizemos e expomos verdades incômodas aos poderosos, como em meus textos, as penalizações fortalecem apenas o ódio ganancioso e discriminatório ante a impossibilidade de refutar, mas antes acusar na vítima o próprios atos por ela alegada. Muitos sofrem tais campanhas narrativas.

Sobretudo como prova do sucesso (e fracasso narrativo desses hipócritas) esse ano tive o maior pico de visitações do blog desde a criação, com mais de 20.000 visualizações num ano, gerada pela mídia social com a divulgação de mim num revista digital da região dos lagos assim como ter conquistado meus primeitos certificados de academias de letras. Sobretudo esse ano ganhei um quarto que apesar de não ter sido pedido e sendo penoso, julgo um avanço apesar das perseguições criminosas por discriminação e ódio constantes. Conquistei sobretudo mais dois diplomas de graduação e comecei mais duas pós-graduacoes EDA. Quem muito planta, muito deve colher! Vejam abaixo a lista dos avanços e danos de 2021:

Sabotagens em 2021:
- Publicação aprovada e elogiosa do livro 'O Império do Tempo' que abandonada sem motivo, pela segunda vez;
- Certificado de membro de Academia de letras;
- Convite de publicação de artigos pagos 20,00 por 500 palavras;
- Convite para entrevista na Tv Mont do Rio Grande do Sul, com a apresentadora Deise;
- Adulteração do número de visitações do blog, pra baixo;
- Site Obvious Lounge parou de selecionar meus artigos;
- Exclusão persistente e banal de inúmeros grupos do wahsatpp e telebram.

Danos e prejuízos dolosos:
- Roubo de dois pen drives;
- Plágio da 'Ordem dos Ventos';
- Diversos crimes impunes sofridos (injúrias, agressões verbais, chantagem e invasões a domicílio);


Certificados e Diplomas:
- Duas pós-graduações, e começando com mais uma;
- Certificado de membro da AILB e AIL.

Publicações:
- Publicação de entrevista na Revista Lagos;
- Participação de Live internacional Focus Brasil;
- Publicação do conto "A Mala" na conceituada intencionalmente, Literomancia;
- Diversos contos e artigos publicados em outros sites e revistas digitais (maldohorror, revista litera livre, site do CLFC e no blog Filoversismo);
- Antologia 'Contos Assombrosos' (convidado);
- Pico de visualizações de todos os tempos, mais 4.000 visualizações no blog num mês;

Convites para publicações e entrevistas: 2 entrevistas, uma revista duas antologias.

Obras Literárias Concluídas:
- Filoversismo: Manifesto Sobre o Conhecimento;
- Vício & Trauma (ensaio);
- Devorador de Memórias (Antologia);
- Mapa dos Sonhos (Antologia);

Leituras/revisões de 2021:
1 - O Capital - Karl Marx
2 - Pérolas do Senhor - JFA
3 - Cidade dos Etéreos- Rason Riggs
4 - Biblioteca das Almas - Rason Riggs
5 - Da Terra a Lua - Julio Verne
6 - Devorador de Memórias.
7 - O Médico e o Monstro
8 - O Desaparecimento de Joseph Menguele
9 - O Fascismo Eterno - Umberto Eco
10 - Você foi enganado
11 - Contos de Fadas dos Irmãos Grimm.
12 - Wikileaks: A Guerra de Julian Assange Contra Os Segredos de Estado, de David Leight.
13 - Vício & Trauma - William Fontana
14 - Filoversismo - William Fontana
15 - Contos de Fadas Celtas - Joseph Jacob
16 - A Ilha do Tesouro - Robert Louis Stevenson
18 - Contos de Fadas Ingleses - Joseph Jacob
- O Mapa dos Sonhos - William Fontana
19 - Os Santos e Beatos do Ocidente e Oriente;

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Melhores Frases do Mês de Dezembro de 2021 - Parte 3

A seguir seleciono a terceira e última parte das melhores frases e pensamentos deminha autoria no mês de dezembro de 2021. Clique nas imagens para amplia-las, não aceite imitações!











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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

A Ascenção Elitista de uma classe e o efeito Lúcifer

Ditadores e mafiosos normalmente são conhecidos pelos mesmos sintomas enquanto estão no poder, nunca responder, sejam perguntas, duvidas e principalmente judicialmente. Cabe as vítimas deles isso. Sempre é mais fácil acusar, perseguir e punir os mais fracos e oprimidos do que assumir os próprios erros ou a dos mais poderosos. Pois o oprimido pensa que apenas é possível se libertar da opressão, oprimindo.

Alguns arquétipos são naturais apenas em circunstâncias e outros a determinados substratos da sociedade, assim como em situações de calamidade e emergência o heroísmo e as classes subjugadas arquétipos jocosos são projetados. Ainda que a maior parte de todas culturas e sociedades desde a antiguidade se organizasse hierarquicamente de modo espontâneo, como caçadores e coletores sendo os homens e as mulheres artesãs (como ainda hoje povos nativos) posteriormente evoluiu a agricultores e desses guerreiros, súditos de monarcas. A medida que a sociedade crescia em complexidade as estruturas mudavam mesmo que em muitos casos estas hierarquias e posições sociais frequentemente desembocassem em desigualdade e discriminação mediante a posição de maior prestígio de um em relação a outros. 

A discriminação e desigualdade é um problema intrínseco as relações sociais, por isso passaram a serem usadas instintivamente como manutenção do status dominante comparativamente em relação aos demais. Porém, desse relacionismo comparativista se agravava em agressividade em relação as maiores diferenças entre outras culturas e povos sendo frequentemente o problema que iniciava muitas guerras ao lado da busca expansionista pelo poder. 

Povos distintos como os mongóis, os africanos e europeus assim tinha diferenças que para estes não justificavam apenas o racismo, mas as diferenças entre tradições e culturas fonte de ojeriza etnocêntrica e xenófoba arraigada na incompreensão e irracionalidade. Por esse motivo, assim como cientificamente alguns analisaram um suposto Efeito Lúcifer ante o poder corruptor de alguns contra pessoas que estavam mais vulneráveis. Similarmente  a banalidade do mal apontada pela filósofa Arendt onde a conscientização e crítica eram desprezadas por pessoas aparentemente comuns a fim de produzir e reproduzir crimes contra minorias no nazismo, a pretexto do dever ao seguir ordens.

As discriminações sempre análogas as diferenças culturais e raciais normalmente exacerbaram a promoção de uma sistematização do círculo do ódio, utilizando justamente estes resquícios primitivos e instintivos dos antigos arraigado no medo de povos alheios e diferentes ao apresentar uma progressão da luta de classes não somente dentro de sua própria estrutura social, como em relação a alheios, o que alimentou a escravidão de africanos, morte de nativos, subjugação de povos ditos "perdedores" e assim dominados, como inúmeras vezes os exílios dos judeus em toda sua história. 

A medida de poder de uma classe dominante assim se torna a medida de seu efeito auto corruptível sobre os dominados e minorias vulneráveis, como inúmeras vezes temos exemplos históricos da humanidade. Assim há diversos tipos de classicismos além dos hierárquicos verticais ao se transformarem em desigualdade por abusos de poderes e privilégios sobre o menor, fraco e oprimido. Dos etnocêntricos o qual a robustez ciclônica vive do caos social, econômico e de valores das culturas satélites a quem orbitam em desigualdade ante sua calmaria. 

Ante padrões fractais em escalas desse classicismo sendo interior a própria sociedade quanto as alheias e exteriores, normalmente mesmo os povos oprimidos replicam a discriminação sobre si, como muitas aldeias africanas que caçavam negros de outras aldeias para eles mesmos escraviza-los e vende-los aos ocidentais, sendo esta em si mesmo uma hierarquia perversa em camadas. Os oprimidos passam a reproduzir a opressão sobre outros ainda mais vulneráveis mediante a própria vulnerabilidade de não serem capazes de se defender dos que sendo mais fortes que eles, os oprimem. Os que estão no topo, obviamente reivindicam sua superioridade moral ante estes atos sobre seus oprimidos imediatos ao terem nestes projetados a reprodução do que sofrem sobre estes que nada pune, freia, crítica ou estanca. A busca arquétipa aqui desses oprimidos médios é pelos bodes expiatórios pelo que passam enquanto estes mesmos são bodes expiatórios dos que estão ainda mais por cima gerando ciclos de purgações factoides de eternos conflitos.

Destrinçar esses mecanismos em suas concepções multifacetadas de variáveis do mesmo são mais que necessárias ao apresentar uma versão antropológica da cadeia alimentar da selva, mesmo que os dominantes finais, maquiados, nunca admitam a própria barbárie que vem de cima e a medida de sua acessão é a medida de sua corrupção autoimune por isso. Assim como o lobo alfa de uma alcateia caçam suas presas, este mesmo tem seus esparro interiores demonstrando que o afastamento dos valores civilizatório é a aproximação do bestialismo quando homem se funde ao animal.


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terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Quando o Sentir Torna Realidade a Mentira

Escrever sempre será meu ato de manifestação crítica (ou desobediência civil) ante o autoritarismo ineptocrata e despótico dos que promovem e protegem crimes. Estes sob a égide do oculto e obscuro como modo de oprimir, na ausência da substituição por algo melhor, a não ser o massacre de potenciais rivais a sua hegemonia incriticável e inexpugnável. Por si só uma obra de ficção sempre tem raízes nas interpretações subjetivas das experiências objetivas do autor em sua realidade por esse motivo, como um modo de diálogo e desabafo de seus traumas, anseios e medo de volta a essa realidade.

Assim mesmo a ficção fantástica tem correspondência como representações da realidade envoltos de signos metafóricos para estes, como toda arte. Todavia o oposto também ocorre, quando as vontades predatórias e dominantes usam esses signos intencionalmente para se impor na realidade, gerando deformações e condicionamentos niilistas. Tal ocorre em todos os níveis até a guerra cultural em si.

Quando os sentimentos e emoções dessincronizados dos fatos exteriores nos fazem tornar real coisas que muitas vezes não são a verdade ou o certo. Nisso consiste a baixa filosofia baseada em experiências empíricas volitivas e sensoriais que, por isso, sendo subjetivas passam a crer que a mera vontade (por vezes criminosa) é um fato e certo. Havendo apenas sentido, não lógica ou razão aos fatos objetivos, não passa de uma fantasia e ilusão equidistante da realidade, uma relés ilusão alienante.

A razão deve sobrepor as volições desordenadas como a busca dos altos prazeres kantianos, ao contrário da busca por interpretações sensoriais múltiplas nas cavernas platônicas da incompletude do saber e direitos. Educere, que significa conduzir pra fora, leva a compreensão plena ao contrário das Ilusões que ensinam condicionadamente a enxergarmos apenas a vontade dos dominantes como as únicas verdades e possibilidades precisas. Significa gerar uma bolha volitiva de ilusionismo que sob efeitos de luzes e sombras tiram o foco do que é realmente verdadeiro e certo ao barrar visões do fato concreto ante ao que apenas lhe desejam, como, por exemplo, fazer este enxergar que apenas todos os odeiam, desprezam, desejam seu sofrimento e morte por motivo torpe e fútil.

Assim como a fantasia metafórica de Platão expressa o uso de signos para demonstrar, ainda que através da subjetividade, a realidade e críticas a sociedade, alguns mesmos a deturpam sob o viés oposto a exemplo do obscurantismo, parcialidade, vago e ambíguo. Normalmente gerando dúvidas e anseios que ao apelar as emoções passam a dar crédito como realidade vontades dos dominantes que necessitam exatamente disso para reproduzir e condicionar os demais.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

O Conto "Fakebook"

O ser humano gosta de superar limites, burlar as leis físicas e alçar voos e ir cada vez mais longe, desbravando horizontes. Mas assim como o homem quebrou a barreira do som, conseguiram quebrar a força da gravidade e ir além mundo, o pseudocientista Adalberto Nogueira almejava com aquela tecnologia quebrar a barreira da verdade dos fatos, mudar o mundo conforme a vontade de seu arbitrário desejo, como se ao perverter as leis físicas provasse que plantar tomate ele colheria laranja. As pessoas o chamavam de cientista louco e apesar de sua reputação duvidosa ao estar envolvidos em práticas moral e eticamente reprováveis ele desejava com a tecnologia finalmente provar que era um grande gênio.

Adalberto Nogueira era um comerciante caucasiano que autodidata com apenas o ensino médio acreditava em ideias vexatórias como de que bastardos eram impuros amaldiçoados filhos dos demônios. Ele via ao encontrar as ideias de um autor segregado ao ser caluniado e discriminado a chance de sua vida, para se exaltar.

Nogueira reuniu um script de tudo que queria mudar na realidade dos fatos com datas e locais e chamou o livro de Fakebook.  Ao ser lido as pessoas debocharam não apenas por ser mau escrito, mas por ser a ficção mais imoralmente megalômana que eles haviam lido. Mas ainda que mediante o patético fracasso criativo e editorial daquele livro ser ele, debulhava e maquinava meios de concretiza-lo. 

– Vocês perceberão a verdade quando eu vencer! – Vociferou ele ao argumentarem os defeitos e absurdos éticos e técnicos do livro, mas ele prosseguiu na progressão de seu ódio misantrópico. – A liberdade humana espontânea é uma aberração a realidade induzida, o livre-arbítrio em seu direito ao seguir o fluxo do destino pode me condenar, quando vocês o serão por infernizarem com essa coisa de lei e justiça! Apenas pode haver uma verdade, a da vontade do dominante e será a minha! A saída só pode ser o crime, a fraude e a mentira!

Quem cobra muito acredita ter muito valor por estar achando roubar de quem tem ao cobrar. E ele tinha de colher muito do bem que não plantou, senão o oposto, pois mesmo pouco produzindo que prestasse ao plagiar de um filósofo, do qual era suspeito da morte, desejava romper o fluxo dimensional do tempo e entropia e se tornar autor do que nunca criou ou descobriu, se louvar por influências que nunca fez ao gerar um novo mundo onde os eventos e informações perderiam a causa e assim a mentira se tornasse a verdade, e a verdade mentira para que o mundo finalmente compreendesse que ele fazer o mal era o bem! Plagiar ideias alheios para ele provava ele ser o gênio e o plagiado excluído da sociedade o burro, e ele estava obcecado em provar isso. Mas subverter as leis naturais e físicas pode ter consequências trágicas que a ganância corrupta daquele homem iria conhecer ao desejar ser um novo deus ao colher tudo de bom que nunca fez ou plantou.

Adalberto Nogueira negligente a qualquer ética e lei, omisso e negacionista a todos os fatos que discordava e alheio ao fluxo do Ethos dos povos viu a chance de ouro para se exaltar como narcisista que sempre fora ao se tornar um parasita intelectual, que tóxico e negativo sonhava distópicos sadismos para castigar o que já antes eram dele vítimas. E vulnerabilizar ainda mais para potencializar sua covardia era o trampolim de sua valentia ignóbil. Como um cão danado mal conseguia conter sua ganância e ódio sobre o talento alheio do qual a única coisa que fez de errado ao nascer fora ser criativo e denunciar os crimes que sofreu. Mas se agora palestrava para um grupo de caucasianos como potenciais investidores das ideias que roubava, ao conseguir os recursos desejados para conseguir cooptar técnicos e físicos para seu intento, a construção  de um empreendimento que rompendo a causalidade das leis da combalida termodinâmica poderia finalmente refazer eventos e roubar autorias antes mesmo que seus autores as criassem e descobrissem. Apagar pessoas da história, adulterar fatos e basicamente desviar o fluxo da realidade por meio de sua ilusão a criar um mundo a sua imagem e semelhança.

Quando o invento do inapto psicopata despótico ficou pronto viu sua chance de romper os grilhões do destino e perverter as leis físicas e naturais não bastando seu desdém absoluto das leis humanas do qual se julgava superior. Um buraco no espaço se abriu ante os olhos dos cientista que vendo estabilizado aquilo apenas aludia a primeira ruptura dimensional no elo que eclodiria na miséria geral.

– Agora eu me tornei a morte, a destruidora de mundos. – Louvou ele com olhos fixos e brilhantes. – Terei o poder de Deus, e moldarei eu mesmo a realidade!

Os cientistas ao ouvirem aquilo ficaram preocupados, mas antes mesmo que fizessem algo contra aquela egomania herética e doentia capangas deles invadiram dotados de fuzis e executaram os homens friamente.

Ao ver aquilo ele se regozijou, sorriu e quase teve uma ereção. Ele adentrou a fissura e condenou suas vítimas pelos crimes que sofreram, adulterou e plantou provas, mudou autorias, vendeu suas mulheres em sorteios e  se tornou o gênio das ideias alheias ao sabor de seus desejos desordenados, dos desmandos a preços distorcidos e parciais pouco a pouco gerou um perfeito despotismo onde ele era um deus da morte, condenando e destruindo a mero gosto ou discordância. Ao contrário dos bons que serviam integralmente a verdade e a lei ele achava que a lei e a verdade servia a ele, curvando-se a seu louvor.

Sabotou sistematicamente todos meandros da realidade em seu clamor. Todos agora se sentiam presos num tenebroso filme de uma quinta qualquer com valores obtusos onde seus roteiros esdrúxulos do Fakebook se tornariam reais. Uma ditadura despótica de ilusões que matam.

Todos que discordavam ou o criticavam sumiam e quando apareciam depois de dias eles se contradiziam em todas alegações, mas antes tecendo elogios entre coisas sem significado algum.

Com o passar do tempo o despotismo evoluiu a uma sociedade predatória onde mulheres e até crianças eram sodomitizadas. Isso até o dia em que Adalberto soube da notícia de algo incomum por um dos seus.

Temos notícias de que nasceu um homem contra todas as probabilidades, mas tendo as mesmas assinaturas no caos da vítima que você matou para roubar as ideias. Uns dizem estes serem uma espécie de constante sobre todas as variáveis na equação do caos. E tem influenciado de sobremaneira esse mundo num mainstream desconhecido.

– Estupre e mate esse maldito em desgraça também! – Vociferou Adalberto.

 Pegamos ele, mas acreditamos que a estrutura desse mundo está colapsando sistematicamente a proporção com que agimos contra ele.

– Superstição como o falso deus dos cristãos! Mate-o! – Vociferou mais uma vez ao lado de três mulheres nuas que o afanavam tendo se tornado obeso. – Mas faça ele sofrer muito antes!

Todavia ao seguirem em frente os céus se escureceram durante o dia e parecia consumir toda vida como se a falsa realidade artificial estivesse sendo destituída de sua condição real a uma ilusão a colapsar. A sede odiosa e cobiçosa em injustiça daquele monstro levou a ruína a própria realidade paralela que criou levando-o a fugir para seu arcabouço. Desesperado retornou a realidade percebendo ser o momento em que partiu, mas ao pisar no laboratório viu toda a policia ao lado dos cadáveres que deixou. Desesperado ante o inequívoco homicídio múltiplo ele tentou fugir lançando calúnias de responsabilidade sobre suas vítimas. Capturaram ele que aos prantos gritava ser um deus que criou um mundo a partir daquele livro, mas ao pegarem aquele livro chulo e destituído de nenhuma verdade, de qualidade inferior e nada original riram dele o classificando como um louco a ser enjaulado num manicômio judicial.

Na sua jaula como insano charlatão de alta periculosidade ele tinha visões onde uma outra versão dele orquestrava criar outros mundos mais, além daquele. Mundos os quais criados pelo tráfico de informação o burguês caucasiano se esbaldava apenas dos bônus. E ele agora ria espumando a boca e agonizando sozinho em sua jaula.

Conto da antologia "Verboversos".


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domingo, 26 de dezembro de 2021

A Ruidosa Estática das Repetições

Quem não planta o próprio vento está fadado a viver como biruta ao sopro de qualquer lobo mal. Os dominantes fazem isso conosco através de um corrupto sistema político, social e ideológico. 

Disso uma dependência viciada de vidas genéricas ao comparativismo e paralelismo é entorpecente ao próprio presente quando este é uma busca estoica incansável em plagiar o passado. A segurança e previsibilidade de seguir scripts testados se torna profecia autorrealizável do próprio desejo. Para essas vidas socialmente parasitas (onde tudo são repetições) demonstram serem ausentes de qualquer autonomia e autenticidade como falsidades ideológicas. Ao se entregarem a dependência da inveja e ódio ao diferente o qual deve ser sempre suplantado, dominado ou assimilado fica clara a obstinação pelo controle absoluto apenas por essa normatização de padrões artificiais e previsíveis. 

Cérebros das ideias alheias, quando não insistentes no contraditório de demagogias, pseudociências e falácias repetidas em si mesmas no ad nauseam como condicionamento pelo arrebanhamento através de uma clonagem social do qual contraditoriamente abnega os ciclos naturais e sociais espontâneos numa subversão da pirâmide de Maslow. Para enxergar o futuro com eles basta ver o passado onde o novo não passa do velho reformulado.

Tais forçam por sombras platônicas em cavernas da incompletude o racionismo intelectual e democrático. Nesse mundo estático que repele a própria natureza humana do livre-arbítrio tudo deve ser imutável, uma prisão de niilismos torpes para a existência, e onde tudo deve seguir uma ordem necrófila de eventos industrialmente repetidos num menu de cardápios minimalistas de falsas dicotomias. As únicas mudanças desejáveis a essa realidade é para garantir o poder dominante em sua posição e a própria estática disso, estática que por isso provém apenas ruído.

sábado, 25 de dezembro de 2021

A origem do serviço político e o desvio de poder

“Réunion de 35 têtes d’expression”, de
 Louis Leopold Boilly, imagem usada na
capa do livro Tempos difíceis, de Charles Dickens. 

Assim como toda boa árvore tem bons frutos, ela assim o tem por ser firmadas e raízes saudáveis. Os fundamentos disto não contradiz seus frutos, antes os fortalece mediante a base em bons nutrientes. Assim como o cerne de toda verdadeira doutrina, crença e política que por mais que crie novos ramos este não contradiz o tronco. Ao contrário de cupins e outros parasitas, a árvore tem relações simbiótica com os que semeiam novos rizomas de suas sementes de seiva, os pássaros que nela se apoleiram e constroem lares, se alimentam, sendo bons ajudam a espalhar a mensagem da mesma. Mesmo a comunhão amistosa da árvore com outras ocorrem quando a harmonia perfaz a selva da sabedoria do qual apenas a exploração parasiteia e industrial destroem. Mas quando o solo é ruim a árvore morre e quanto ela é má tem raízes apenas no inferno.

Assim o princípio original da política é o serviço ao povo, o modo de governabilidade da pólis, mesmo radical de polícia e metrópoles. Disto a democracia fora uma progressão natural como ressignificação desse serviço à abrangência do povo, donde advém o termo demos. Por esse motivo a política é, na realidade, uma ferramenta tanto de 'demos' como a 'pólis' e que assim deve se submeter exclusivamente ao bem comum, não a interesses elitistas, ideológicos ou de crenças mesmo que entenda na diversidade a preservação da pluralidade do povo. 

O mesmo vale assim ao comunismo ou liberalismo como ferramentas sendo o oposto uma perversão em si mesma desde sua conceptualização. Todavia, pontos de inversão demonstram um devir os quais os sintomas atropelam direitos individuais e o bem comum sendo erro ordinário a escalada de poder, de qualquer classe que ambicione ser elite ou assim trabalhe para continuar a sê-la. 

Tais erros comuns mesmo a evolução de comunitários cristãos primitivos que em momentos futuros se tornaram de oprimidos a opressores, ao próprio comunismo em si. Ainda que não sendo erros originários de seus fundadores foram desvios deste como ferramentas de serviço ao povo tanto como o que se tornou num agravo ainda pior o neoliberalismo norte-americano. 

Os sintomas sempre serão similares ao atribuir valores utilitários (antagônicos do cristianismo ao marxismo de raiz) ao embalsamento de ídolos comuns a ambos, tanto em termos literais - ou não, em ideológicos, práticas como de credo. Se mesmo para Jesus Cristo a salvação do ser humano em seu sacrifício era o centro de seu serviço a humanidade, o cristianismo é a representação primordial desse serviço aos povos que mesmo sendo um ato hipoteticamente espiritual sua representação política é irrefutável. 

Aqui, mesmo que Jesus sendo Deus, Ele na representação simbólica de lavar os pés expressa essa máxima de serviço aqueles que sendo peregrinos, na condição de perseguidos, ganham novo devir significalistas e libertador ao contrário de deuses tiranos que exigiam o sacrifício e adoração como as representações humanas fazem através de seus desvios e abusos autoritários, de qualquer ditadura, sendo o fascismo ao nazismo, sendo despóticos ou oligarcas em tons autocráticos. Basicamente quando estes deixam de ser uma ferramenta de serviço, e se torna um fim em si mesmo, evolui a megalomania que se acha muito mais do que é ao se julgar o centro de absolutamente tudo, quando mesmo Deus se acha menos ao não impor a unanimidade, inclusive nisso e no livre-arbítrio. Antes ateus prosperam não provando sua inexistência, mas benevolência tolerante ao contrário dos antagônicos as liberdades individuais e bem comum. Por isso o fanatismo e radicalização prática destes é o ópio, não quando minorias vulneráveis que devem ser defendidas, sendo religião, cor ou origem.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

6 Critérios Para Uma Grande Ficção


"Qualquer um que tenha herdado o aparato fantástico da linguagem humana pode dizer o sol verde. Muitos podem então imaginá-lo ou pintá-lo. Mas isso não é suficiente. Criar um Mundo Secundário dentro do qual o sol verde seja crível, compelindo a Crença Secundária, provavelmente vai requerer labor e pensamento e, certamente, vai exigir uma perícia especial".
“Sobre estórias de fadas”, de J. R. R. Tolkien, 1939.

A ciência é uma narrativa objetiva da realidade do universo. A cosmologia assim condensa a busca dessa narrativa física do universo similarmente a cosmogonia de uma religião ou mitologias. Mesmo a epistemologia evoluiu essa narrativa mediante os fatos sendo mais concreta e legítima que narrativas etnocêntricas da história ao delegar a si mesma os mesmos resquícios homéricos das mitologias como vemos na história da política norte-americana.

Ainda que a narrativa da história ou física devesse ser exterior por ser material e objetiva, ao contrário do etnocentrismo guiado pelas volições do senso de superioridade e classe que apenas norteia o tendencioso e parcial. Antes a ficção assumidamente fruto da subjetividade por vezes dialoga com a realidade exterior de modo mais sensato. Alguns chegam até mesmo postular etapas da criação como a prospecção (explore, em inglês) e aproveitamento (exploit, em inglês), tais aspectos visam maximizar o potencial criativo havendo porém alguns tópicos dos quais do maior ênfase como os abaixo:

1 - Plot e mote original;
Ainda que alguns consigam criar uma grande história ao desenvolver personagens e situações a partir de um mote mediano, o plot de uma história é o motivo dela ser o que é. Seria o motivo que razoa a intenção do autor no que teria a contar de novo, além ordinário. Tramas originais e narrativas ousadas não são comuns hoje, e por isso louvadas quando atendem outros requisitos.

2 - Metalinguagem;
Ao contrário de meros trocadilhos ou piadas de baixo calão a metalinguagem tanto como referências diversas (a obras clássicas, filosofia ou história) enriquecem em profundidade e complexidade a trama de um bom plot, sendo de meros simbolismos e sinais sutis, mas que se encadeiem, por vezes sendo autoreferências ao próprio universo/multiverso, tanto como paralelos metafóricos a realidade.

3 - Leis e regras gerais próprias;
Como citado por Tolkien é o que torna um universo ficcional verossímil, ainda que sendo uma fantasia como a exemplo do próprio Senhor dos Anéis que mesmo repleto de seres mitológicos e magia as regras coesas e isentas são como as leis físicas de nosso universo, ao contrário de histórias incongruentes e sem coesão. Tais regras são como de um jogo, que a exemplo do xadrez dá seus próprios direcionamentos e possibilidades;

4 - Personagens bem construídos;
Da escolha do nome a personalidade do personagem ajuda a moldar a história e suas situações. Bem como na mitologia grega muitas histórias dos quais os nomes dos personagens ainda hoje refletem na cultura ocidental (Teseu, Narciso, Hidra entre outros) as histórias servem até mesmo como ilustração a estes personagens. Ao contrário de personagens passivos como meros figurantes das histórias, bons personagens as carregam como Atlas ao reunir um conjunto de traços e características negativos e positivos que os tornem reais e assim identificáveis ao contrário de etnocentrismos plásticos e artificiais;

5 - Trama planejada;
Não basta apenas um plot original como estopim a uma jornada do herói, além dos itens anteriores uma história planejada não é muito comum e não parece uma biruta ao sabor do vento. Antes tem um encadeamento de eventos como precursor a um desfecho condizente.

6 - Detalhismo com encadeamento
 Com todos esses itens obviamente a história deve sobretudo ser minuciosamente trabalhada nos detalhes, incluindo personagens e metalinguagem eles devem funcionar como um quebra-cabeças onde cada peça encaixada aumenta a compreensão dinâmica e panorâmica da história, dos personagens ao planejamento ao contrário de histórias incoerentes e rasas.

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Conto Selecionado Como Um Dos Melhores do Ano

Conto "Memórias Póstumas de Um Mundo Morto" de minha autoria selecionado como um dos melhores do ano de 2021 na edição especial da revista digital Litera Livre. O conto narra um história paralela onde Machado de Assis é obrigado abandonar seus textos por perseguição racista. Clique nesse link para acessar.



quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

A Partenidade dos Próprios Atos e a Síndrome Bestial

“Uma família de san-culottes descansa depois
das fadigas do dia” (1792), James Gillray
.


Uma vez provendo a relação dialética entre atos e fatos as associações que movem ações perfazem parte da formação da personalidade assim como de uma identidade social.

Na antiguidade e no período medieval essas id sociais eram titulares ao status de indivíduos ao serem associadas ao nome destes, principalmente da nobreza, ou por algum grande feito de alguma personalidade, tanto como a origem de alguns sobrenomes em lugares ou termos jocosos como manifestações classicistas (passivas) como da origem do termo bandido (de banido) ou vilão (dos camponeses de vilas), como a formação acadêmica fornece a vintena da alma matter ao graduado, a sociedade similarmente em graus diferentes, de acordo com as classes.

Nos tornamos a imagem e semelhança do que fazemos repetidamente. Se os atos são pai da própria identidade social o que o indivíduo sofre e passa é a mãe, há bons casamentos disto tanto dos que passam o melhor mesmo fazendo o pior, mas há também órfãos e mães solteiras dos bastardalizados pela sociedade. O arquétipo do sofrimento passivo é o estupro dessa mãe-sociedade que gera indivíduos estes como vítimas até serem apadrinhados pelo pai que lhes fez sofrer através da mãe que lhes pariu. 

Na sociedade sexista assim há essa desigualdade entre essas afiliações que se sobrepõe de modo violento e agressivo, por vezes deformando a identidade social do indivíduo. A identidade social formada por essas relações podem apresentar uma progressão ainda mais poluída que da dicotomia sexista que disso emerge. A desumanização do ser humano pelo sobrevivencialismo instintivo gera a síndrome bestial, donde a sociedade na cruza do antissocial gera quimeras arquétipas ao reproduzir em si mesma o que faz. 

Estas bestas avessas as regras sociais da afeição e arrependimento de seus malefícios fazem sofrer a passividade maternal de aflições antes da besta emergir a posição ativa por essa relação de desumanização bestial sendo licenciosa a revelia da lei e direitos da vítima. Isso ocorre pelo sociocídio ao matar o ser social, logo a identidade social na imposição de um ego animalizador/bestializante. O ego bestial suplanta a identidade social dos indivíduos envolvidos ainda que estas possam aparentemente coexistir em momentos distintos numa multiplicidade contraditória e dicotômica a exemplo do duplo padrão moral e a dupla identidade. A besta-humana como os rejeitos dos assassinos e estupradores serias são o resultado mais radical disso, como uma zoofilia sádica.

Uma vez que a identidade social surge dessa relação de passivo/ativo, o que passa e faz, a síndrome bestial como agravo a liquefaz. Como há identidades sociais como as profissões estas sendo marcas indeléveis de sua personalidade (como amável, sincero, honesto as negativas sendo a estas opostas) a síndrome bestial as suplanta pelo sobrevicencialismo e radicalização. Essas bestas-humanas ao assumirem o ego predatório passa odiar o pequeno (minoria) e fraco (vulnerável), pois está sempre a procura de presas a tragar como predador opressor reproduzindo igual desumanização sobre as vítimas. O ego deles contra o id social de suas vítimas se alimenta disto, numa zoofilia antissocial.

Se o crime em comunidades carentes muitas vezes surge da revolta ante a passividade social e econômica o crime das classes altas é pelo efeito Lúcifer das facilidades e impunidades que detém em privilégios licenciosos e elitistas.


Trecho do ensaio "Verbogonia do Filoversismo" de William Fontana.

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segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Melhores Frases de Dezembro de 2021 - Parte 2

Seleciono a seguir algumas das melhores frases e pensamentos filosóficos do autor no periodo de Dezembro de 2021. Clique nas imagens para amplia-las!







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domingo, 19 de dezembro de 2021

Quando Não Escolher se Torna Escolher Errado

Não escolher também é uma escolha pelo mesmo motivo que inércia também é movimento, e assim tem consequências, logo requer responsabilidade. Por isso a “neutralidade” ante o saber de injustiças reflete em si uma cumplicidade complacente com a impunidade, pois ao contrário de demagogias de baixas filosofias o livre-arbítrio é determinista apenas aos efeitos dos próprios atos diretamente escolhidos. O ódio contra o livre-arbítrio humano é o ódio misantrópico que contra a humanidade é por dele advir o remorso, amor e afeição. 

Ainda que mediante a promoção de realidades e circunstâncias hostis que suplantem as escolhas livres (e sua responsabilidade), a inconsistência do negacionismo apenas expõe a proteção dos próprios erros promotores dessa realidade que necessita da cobertura não apenas para a consumação protetiva somente ao erro e ao algoz, mas sua reprodução cancerígena sobre alheios e vítimas.

Quando se ultrapassa os próprios direitos como liberdade individual o problema deixa a individualidade (mesmo que individualista) e passa a ser interesse público por ser um problema coletivo e assim político, como a segurança pública.

Disso a obstinação sádica no sofrimento e injustiça torpes atestam apenas o ímpeto da maldade pura. Ainda que multiforme sob muitas mascaras sabemos assim que a maldade muitas vezes não se apresentará nua e crua como é, antes se adorna das fantasias moralistas e pomposas do qual a maioria das vezes sob nomes bonitos ataca em alheios o que apenas ela mesma é. Disso o descrédito em valores como reforço apenas ao niilismo do qual o vão abissal apenas alimenta a desigualdade dicotômica. Quando estes são dominantes os limites da justiça é até onde aos que se dizem serem donos dela, não a lei e fatos.

Porém, independente da máscara, a crueldade sempre precisa se saciar contra o mais fraco e oprimido, a pretexto de ser preciso, necessário, complicado demais ou meramente ser perdedor. Mas a negação tanto da verdade dos fatos quanto da liberdade e direitos alheios sempre serão sintomas comuns. Similarmente é universal o fenômeno de que o silêncio apenas favorece os erros e algozes, sendo sob censura ou silenciamento de vítimas.


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sábado, 18 de dezembro de 2021

A Iniquidade Hedionda de expor a iniquidade dos poderosos


“Quando expor um crime é tratado como crime, estamos sendo governados por criminosos”.
Edward Snowden

Pelo motivo acima não esperemos reconhecimento de nossos feitos e obras daqueles os quais os feitos e obras são crimes contra nós. A avidez pelo maior poder possível apenas acontece pela maior irresponsabilidade possível, ainda que sob a égide falsa do contrário. E isso apenas é possível pelo negacionismo em suas muitas vertentes, sendo por omissão, obscurantismo, secretismo ou esquecimento assim como pela desigualdade, motivo pelo qual esta é deliberadamente promovida sendo economicamente ou socialmente, pela discriminação. Disso o medo e ódio que sob as camadas da etiqueta se ocultam tanto quanto a língua bifurcada precede a peçonha. 

Por esse motivo a transparência é exigência comum ao século XXI ao contrário do voyeurismo fetichistas dos poderosos que a exemplo do Prisma podem a todos bisbilhotar, mas estes nunca serem expostos, regulados ou julgados senão em alheios pelos próprios crimes. Julian Assange é a prova disso num juridicismo circense que daria vergonha mesmo aos palhaços.

A lei é uma formalidade na vitrine capitalista da falsa democracia, onde os direitos constitucionais tem no preço da etiqueta um valor niilista. Mesmo Juvenal precedia isso com sua máxima antecedente a era da transparência: 'quem vigia os vigilantes', e hoje esse moralismo repugnante se esconde a vista de todos na oligarquia da legitimidade o qual iniquidade é expor as iniquidades dos poderosos. Papai Noel é uma lenda tão verdadeira quanto a democracia meritocrata destes, a não ser pra si próprios.

Quem nós defenderá dos que são donos de toda defesa? Quem nos fará justiça dos defloradores de Themis? Quem exporá a verdade dos que se julgam donos dela? Quem pagará nossos danos dos que são donos do pagamento? Somos a vergonha dos que não tem vergonha, pelo mesmo motivo que a vítima deve ser condenada, bode expiatório.


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sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Observações Sobre o Caos

A exemplo do experimento de Edward Lorenz o qual a menor variação de arredondamento cria maiores diferenças a medida da distância radial de tempo por serem ondas, todavia dentro de um fluxo maior essa diferença pode apresentar menor intensidade que uma diferença maior num período pequeno. A medida da complexidade de um sistema é a medida de sua imprevisibilidade ainda que dentro dos limites de certos padrões de regularidade. Isso tem haver com a dinâmica desses sistemas. Porém, assim como possam haver tormentas que possam se dispersar o fluxo determinado pela entropia sempre aumenta (em complexidade e dinâmica) o que sinaliza um padrão de orientação do caos que a exemplo de adventos podem ser maior que meros atratores. Assim como sistemas funcionam com padrões de regularidades de eventos demonstrando aspectos similares aos atratores, o fluxo da entropia também demonstra padrões de atração que confluem a um sistema ainda maior e a princípio de harmonização, porém, além do horizonte de realidade do tempo presente. A seta do tempo na física é um exemplo claro de que caso esse fluxo, a entropia, não fosse contínuo e forte o bastante a seta do tempo poderia ser facilmente revertida, alterada ou adulterada indicando que mesmo o caos em toda suas variáveis seguem um rumo, ritmo e direção, logo, postulando limites e padrões ao próprio caos. Mesmo que não anule o livre-arbítrio este se submete as mesmas leis e limites determinados pela física mediante a intensidade e circunstância. Todavia, quando alterações crescentes e constantes ao excederem ciclos naturais ou físicos se tornam constantes demonstra um desequilíbrio maior dentro de um sistema, ou mesmo no fluxo de entropia, sendo discernível mediante a analise dos fatores e forças que no conjunto tal influi, a exemplo do aquecimento global. Um indivíduo sozinho seria incapaz de geral tais mudanças, mas apenas a soma de inúmeros outros fatores.

Esse fluxo é autodeterminante a própria forma do universo que pode não ser curvo, mas esférico. Porém, possivelmente pode apresentar ranhuras e ondulações que soem como tal, tanto no espaço ou tempo. Caso essa inconstância ou ranhura dimensional seja no tempo dois foguetes em trajetos paralelos e velocidades iguais deixaria um para trás, caso no espaço eles se afastariam lateralmente. Todavia não seriam ambos determinantes a ranhuras e ondulações ou uma curva intrínseca ao mesmo.

Assim sabemos que o caos como modo de organização podem ser definidos em três tipos, a dos eventos, sistemas e da entropia o qual similarmente os efeitos denotam começo e fim. Sendo assim essa forma de fluxo de eventos podem igualmente constituir direcionamento de eventos ou sistemas predeterminados. Pois assim como um sistema torna preditivo com certa regularidade alguns eventos, o mesmo podemos dizer sobre a entropia a exemplo de seu aumento. Isto pois eventos estão dentro de sistemas e sistemas dentro da entropia, mesmo que os primeiros possam se afetar ou destruir-se o mesmo é impossível ao terceiro.

Trecho do livro "Verbogonia do Filoversismo" de William Fontana.

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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

A Progressão Despótica do Utilitarismo


"A punição arbitrária daqueles que não são como você, pelo crime de serem diferentes de você, é o próprio cerne do fascismo ao qual você afirma se opor. As sociedades livres são baseadas na tolerância."
Edward Snowden - Twitter, 10 de dezembro de 2021.

Há um ponto sem retorno para a consciência humana do qual uma vez ultrapassando este, não tem mais cura ao se tornar um monstro criado por outro. Salvar a humanidade perdendo seus valores civilizatórios é perde-la de qualquer jeito. 

Uma dessas coisas é a busca materialista do poder, prazer e lucro através de um utilitarismo destituído de afeição. Ao contrário da razão que originalmente pondera a busca pelo certo e verdadeiro, o utilitarismo se tornou ferramenta de meios e fins obscuros. Se antes para ser feliz deveria ser útil, hoje apenas se faz algo pensando num retorno exponencial, não a quem esteja escasso ou aflito, mas a quem lhe ofereça esse retorno. Logo, disso mesmo cálculos utilitários no reducionismo matemático e estatístico visam o maior bem possível não apenas negligenciando o excedente quanto o induz em prol disso, contra o bem comum. 

De experimentos inescrupulosos visando a produção de remédios, a exemplos desde o nazismo o qual a relação custo benefício de deficientes por ser onerosa ao povo, o Reich justificava a esterilização e posteriormente a "morte benevolente". O utilitarismo assim se deu muito bem com o capitalismo, pois é sua verdadeira essência, mesmo que virodicamente infecte a todos credos e doutrinas. Caso sendo "benéfico" a alguns ou em razão do custo e benefício o equacionamento se ignora os direitos individuais e bem comum e vale tortura, roubo e morte. O crime passa se tornar uma margem aceitável ou mesmo desejável a seus fins como evolução degenerada do maquiavelismo.

Essa frieza calculista é a psicopatia utilitária que pondera apenas os males. Mas se o utilitarismo obsoleto leva ao despotismo e estado de exceção, o merecimento é o derivado demagógico e rascunhado de sua obsolescência. Se outrora os códigos de honra rigorosamente isentos de guerreiros monárquicos soam uma beleza ética num mundo hostil, seria por lhe conferir significado e assim valor, ao contrário do niilismo fóbico desse despotismo, sendo por necessidade ou merecimento.

Por isso a inteligência dos psicopatas não me impressionam, mas sim sua frieza e sadismo que tentam se passar por inteligência, não passando de relés calculadoras de seu bel prazer. O utilitarismo como evolução do maquiavelismo e da ninhada primitiva dos mitos do merecimento são os nomes bonitos do despotismo, oligarquia e tirania.

E por isso o utilitarismo é tão usual a psicopatas, a busca consequencialista nem pondera a abrangência circunstanciais de urgência (quando não induzidas por estes mesmos) ou da relação intrínseca ao caos de modo incomensurável, e assim indiscutível mediante o fato de que algo muito pequeno provocar indiretamente um grande mal, poderia ser apenas fruto hipotético do destino, não de escolhas.

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terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Ética e Responsabilidade

'De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.'
Romanos 14:12

Num mundo atolado numa crise de valores e de credibilidade onde o Estado muitas vezes não pune os corruptos, ou quando pune é na desigualdade e desproporção discriminatória, o Estado perde a autoridade moral das comunidades quando problemas de educação e cultura ao se somarem aos resquícios da ditadura provam que a democracia nunca fora plena, antes encontra-se falida ante incursões atrapalhadas que avolumam a má fama das autoridades entre os pobres e discriminados. Dentre a constituição e éticas como utilitarismo (Bentham) ou dever (Kant) não preservar os critérios de virtude e honra outrora promovidos por filósofos resta o sobrevivencialismo. E na ausência de justiça que o povo mais ama é mesmo quem pune aquele que a justiça não pune, o pedofilo, estuprador ou infanticidas. Do aparelhamento, omissão e negligência letárgica das autoridades esse poder paralelo cresce sob a permissividade do próprio povo ante a insegurança crescente.

Por isso abaixo separo alguns esquemas que demonstram as relações éticas de responsabilidades que um individuo deve ter. Como digo, caso você não saiba, não controle, não se beneficie (antes o contrário) a responsabilidade dolosa sobre um ato intencional e excessivo é nula.


Como poderia eu deixar de ter para que outro tendo, criminosamente, eu seja responsável pelo que eu mesmo não tenho, não possa fazer, controlar ou me benefício? Como não conseguindo nem sendo meu direito por não controlar ou me não beneficiar poderia ser o autor ou mandante do que na realidade não tendo motivo, apenas me prejudica? Tais preceitos assemelham-se bastante aos critérios da peneira de Sócrates como vemos abaixo:



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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Conto "Fatum Libro"

Inicialmente eu, Liziane, pensava que algum leitor descuidado houvesse esquecido aquele livro ali, no banco de espera do terminal ferroviário. Todavia, mesmo eu sendo leitora assídua nunca havia falado naquele livreto incomum. O nome era Fatum Libro, um latim que significava algo como 'Livro do Destino', fatum que também por esse motivo servia para designar algum fato. Como estudante de filologia sabia com o que lidava, mas aquele autor muito menos conhecia, um tal Milliaw Onofato. A curiosidade que me sobreveio fora previsivelmente avassaladora ao levar-me abrir o livro o desfolhando prontamente. Logo na primeira página ela viu a descrição do que seria ela mesma sentada naquele banco, perplexa fitou com maior acuidade o que lia temendo ser uma apofonia de sua mente. Porém, não era, pois ao seguir a descrição ela perfilou os detalhes do ambiente escritos a rigor, incluindo uma lata de lixo onde o texto dizia haver um jornal do dia anterior com um chip preso a fita adesiva. O texto assim dizia:


"Ela então tentada ao ler o estranho texto em mãos se levantou e fora em direção a lixeira descrita em questão. E ao remexer o lixo notou haver de fato o jornal descrito nesse texto."


Liziane fez exatamente aquilo, exatamente conforme descrito no texto que descrevia a si mesmo através dela, após começar a ler dizendo: "Certa vez, uma pessoa ao aguardar um trem sentou-se no banco quando se deparou com um texto que curiosamente descrevia exatamente isso que ela fazia."

Estupefata ao abrir o jornal desvelou o chip numa fita adesiva que prontamente fora retirado por ela afoita. Assustada ela ruborizou, virou para os lados e temendo estar sendo filmada ou ser algum tipo de paranoia, quando então ela leu no texto antes de prosseguir a exata atitude que acabara de fazer. Ela tremeu nas bases, se sentia usada e destituída de seu livre arbítrio, como um peixe preso no ardil de uma isca que inexoravelmente levaria a ser fisgada. Chegou a pensar em colocar o chip no celular, mas temendo ser algum tipo de vírus jogou de volta no lixo e partiu a largos passos quando recordou-se ainda estar com o livreto, e o abriu ansiosa e, tentada, o que leu a deixou consternada de sobremodo.

"A pobre pessoa temendo ser um golpe largou o pacote do chip de volta no lixo e partiu a largos passos, assustada, quando lembrando-se do texto o abriu e isso leu."

Ao terminar aquilo ela transpirando de medo se rendeu. O livro mágico parecia exercer algum controle sobre ela, contra seu livre arbítrio ou era capaz de prever minucias de seus movimentos de modo milagroso. Ela virou as páginas desesperadas para saber o que haveria a frente e via perseguições de um homem que parecia coagia-la levando-a. Aquilo a fez varejar o livro longe para quando se virou deparou-se com um homem alto e caucasiano, de sobretudo, exatamente como descrito. O sujeito tenebroso e de olhar fixo apontou para o livro em silêncio exigindo que o pegasse. Tremendo ela o fez e quando o pegou recomeçou a ler a página na ordem em que havia começado, e para sua surpresa descrevia exatamente o que havia feito, sendo seguido pelo seguinte parágrafo: "desesperada ante o homem suspeito, se ela agora tentasse se livrar do livro, ler novamente a frente, ou fugir do homem, iria fatalmente ser morta restando a ela apenas seguir a leitura de sua própria vida nessa brochura."

Seus olhos ficaram mareados e brilharam sobre o tremor de suas mãos, segurou os prantos e ao ver uma senhora do lado a chamou falando que aquele homem estava a coagindo por causa do livro, mas ao ouvir aquilo o homem se aproximou delas e disse.

– Estou apenas orientando essa senhorita perdida ao destino que lhe apraz. Parece ser desorientação mental ao saber que não tem controle sobre as próprias ações. Peço perdão a senhora.

– É mentira! – Vociferou ela e continuou – Ele plantou esse livro que parece saber de minha vida, é um voyeur que sabe tudo o que vou fazer!

A senhora ao ouvir aquilo gargalhou e deu uns tapinhas no ombro do homem pálido que a retribuiu com um sorriso sombrio. Achou graça irônica do absurdo que se desdobrava.

Piscando os olhos nervosamente ela fitou a página e viu o dialogo exatamente descrito por eles. Quando ao ler o passo seguinte era o que exatamente o homem iria dizer-lhe.

– Siga as instruções do livro e pegue o chip para por no celular.

Liziane, pálida de nervoso, deu-se por vencida e assim o fez, seguindo ao lugar de onde veio enquanto lia o livreto. Pôs o chip no celular quando então algo o infectou e acionou os alarmes dos caixas eletrônicos. Logo os seguranças correram até ela que fora rendida sob os olhares do homem esquisito. Rendida e algemada no chão ela se remexeu e ainda moveu uma página que a levou aos prantos notar a exata descrição de tudo que acontecia. A mulher, que era negra, fora levada arrastada pelos seguranças enquanto uma viatura encostava com eles dizendo o que ela acabou de ler.

– Finalmente prendemos a suspeita por invasões hacker aos caixas eletrônicos.

O livro caiu de suas mãos e o homem de preto se aproximou lentamente do livro caído no chão, e ante os olhares de curiosos que se avolumavam ao redor, o guardou no bolso. Acionou uma escuta e se afastando do local disse.

– O indutor de influxo de eventos da ancora do destino parece funcionar ao minimizar o livre-arbítrio humano as menores variáveis. A indução de paradoxos pode finalmente nos dar controle total e absoluto sobre a humanidade.

Não vindo a se tratar de um trote ou alguma forma de manipulação, o livro na verdade leva a um experimento cruel sobre o destino. O homem sentiu-se extasiado em participar desse cruel experimento que condenava pessoas aleatórias a destinos a revelia amarga, isso até quando o próprio abriu o livro e leu o desfecho.

"O agente então sentindo que seu dever no experimento estava cumprido, sentou-se no terminal e abriu o livro para ler este final, sem saber que uma dor iria o acometer no peito levando-o fatalmente a morte por infarto, para que assim não restasse suspeitos envolvidos no caso.”

Ao ler aquilo o homem ficou tão furioso e amargo que o mesmo lhe ocorreu levando-o ao dito mal súbito fatal.

O experimento liderado pelo cruel Álvaro Watchman, sob instruções de documentos de um certo Tratactus Ad Tempus usava postulados sobre a teoria do caos o qual o pseudônimo aludia, desejava  tornar os rumores de uma variável gerada num livro chamado Fakebook real como estudos das relações de caos, livre-arbítrio, destino e realidade. O sádico velho se regozijava do experimento que escravizava o trabalho intelectual de vários gênios. Ele agora se sentia Senhor do Destino por rouba-lo, como ao livre-arbítrio de suas vítimas tornando-as todas apenas mais "uma" dentre tantas vítimas. Aquele era o livro do destino, uma prisão a liberdade humana.

Conto da antologia "Verboversos" de William Fontana.

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domingo, 12 de dezembro de 2021

Autor da Semana no Site Obvious

Mesmo sem ter mais artigos selecionados como destaque pelo editor no site Obvious, como autor colaborador voluntário publiquei num espaço de tempo de um mês três artigos dos quais ainda assim me colocaram como um dos autores mais lidos da semana. Sabendo ser o maior site colaborativo em língua portuguesa do mundo, ao ter cerca de 50.000 visualizações por mês, fica inegável que disto tive no mínimo uma dezena de milhares de visualizações ao reafirmar os claros indícios persistentes e consistentes do número adulterado de visualizações desse blog que esse ano chegando a ter mais de 4 mil visualizações por mês as 3 mil visualizações de média mensal, esse mês até o dia dez não teve nem 600 visualizações. A mescla de inveja, ganância e avareza que tenta consunar sua megalomania por meios escusos parece sinalizar um claro charlatanismo de alta periculosidade dado outros fatos associados.


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sábado, 11 de dezembro de 2021

A Busca do Universalismo Kantiano Pelo Serviço

O preceito da universalização kantiana de sua ética deontológica supõe a aplicabilidade geral de determinada moral de conduta a todos, de modo isento, integral e sem exceção como uma versão da honra universal de Montesquieu. Quando você faz algo não por temer a penalização ou punição, mas uma definição de erro racional universal. Disto Kant diz o Imperativo Categórico que é o dever pelo dever que deve se ser o considerado universalmente certo, ao contrário do Imperativo hipotético que visa interesses ou o punitivo ou de recompensa, a exemplo da coerção ou as exceções e brechas as arbitrariedades do utilitarismo. O primeiro pode ser definido de modo aristotélico como caráter e o segundo um exemplo que pode ser utilitário ou mesmo despótico por Montesquieu.

Ao contrário de resquícios despóticos de países com históricos ditatoriais ou a exemplo do classicismo e discriminação, um ato deve ter o mesmo peso jurídico independente de quem seja, mesmo que mediante o padrão (também universal) de cada circunstância de agravante ou atenuante, doloso ou culposo. O uso do dever arbitrário e parcial como contrário a alheio num equivalente capital de ser taxado um preço de um produto pra um, e outro preço mais barato para outro na ausência de menores regras gerais e isentas são declinantes do imperativo categórico.

O que fazemos quando isto não ocorre e falha? O preceito compensatório e de equivalência do serviçalismo visa justamente não substituir essas definições, mas combater o distanciamento disto no práxis arbitrário e hipócrita pelo declínio moralista do oligárquico ou despótico. Quando o erro passa a ser premiado, e o universalmente correto punido, a ruptura caótica desse universalismo leva a razões que não estão dentro do próprio universalismo,  mas que busque compensa-lo trazendo-o de volta contra a desigualdade de poderes exercidos contra e sobre os direitos alheios, ainda que sob a falsa aparência de legalidade. 

Se antes Dom Quixote num surto de idealismo senil achou que o moinho de vento era um monstro a ser enfrentado, hoje o surto dele é se achar dono e mandar o moinho atacar seu construtor que deve dançar como biruta ante ele para sobreviver. Esse é o circo de horrores, onde a bizarrice chocante visa ser um modo de Império do terror através da insanidade sistematizada e imposta a força como folie deux.

Esse declínio ocorre quando determinada cultura (a exemplo da cultura da corrupção ou estupro) passa a se tornar não apenas endêmica, mas sistêmica ainda que sob a não oficialidade, mas a exemplo de estados de exceção ou o despotismo puro e simples. Logo, a ética serviço significa buscar atenuar ou neutralizar essa desigualdade de deveres e valores intrínsecos a conduta humana, sendo contra os diretamente responsáveis, como pragmatismo não adjacente ao circundante ou sintomático efeito disso. Sendo na caridade  afetiva maior aos deficitários e agressividade maior a seus perpetradores. Por protesto, desobediência civil e em casos de acentuação de crises violentas a guerrilha. A busca da proporcionalidade e dispersão da desigualdade que traga de volta a harmonia como única aspiração universal. Atacar apenas que te ataca, porém, servir desde que não seja contra si mesmo, a quem reproduz o ataque contra quem serve.

O termo de origem de serviço advém do latim servitĭum,ĭi que tem múltiplos significados, de escravidão a obediência. Do mesmo modo que há servidão e serviçal, ou o servidor público ao serviço de utilidade pública no sentido de bem comum, os dois primeiros opostos aos segundos. A este último se refere a conotação de uma ética serviço que reserva obediência ao bem comum, diga-se dos direitos individuais básicos a todos. Ou seja, servir a si mesmo como a quem serve, servos apenas dos direitos. Na ética serviço a individualidade respeita si mesma em alheio, o individualismo faz isso passando por cima do direito alheio, é a individualidade egoísta que apenas domina em sobreposição a alheia e por isso traço marcante do despotismo.


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sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Melhores Frases de Dezembro de 2021

A seguir seleciono algumas das melhores frases e pensamentos de minha autoria, no mês de dezembro de 2021. Clique nas imagens para amplia-las.




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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Estado Fálico

Uma instituição prevalente democraticamente (sendo empresa ou órgão público) se submete a constituição, ao contrário do que declina ao corporativismo, máfia ou cartel ao ser discernido como uma formação de quadrilha dos quais os desmandos arbitrários a lei contra o bem comum e direitos alheios, agem as sombras.

Doutrinas democráticas e legais não geram vítimas traumatizadas, bodes expiatórios e viciados sádicos. Não atropela direitos individuais como exemplar despotismo ou estado de exceção, não cria buracos jurídicos e históricos como aberrações a saúde mental, social e sentimental. Mas o mais malévolo dos cultos é o oculto que por uma potência de ereção hierárquica multiforme desvela um estado fálico paralelo. Este ao gerar dependentes impotentes e toda uma legião de sequelados. O estado vertical hierárquico é fálico num estado moral falido, na isenção e transparência, ao se transpor ao corporativismo e máfia cujo o poder é mantido apenas a base do medo e ódio.

Estes são o oposto do cerne do heroísmo em proteger o pequeno, fraco e oprimido, pois o elitismo dele advindo se atém a estas desigualdades como heroísmo apenas de causa própria, não sendo exemplo de si mesmo para as vítimas disso.

Segundo o wikipedia o termo falocentrismo, advindo do termo 'falo', órgão sexual masculino significa: "...a convicção baseada na ideia de superioridade masculina, na qual falo representa o valor significativo fundamental."

Disso a cultura do estupro em prol do saciar o domínio fálico dos dominantes como a exemplo do terrorismo fálico e holocausto sexual. Essa adoração ao 'falo' divinizado em sua potencia, no ser humano remete as antigas religiões pagãs (a exemplo das figuras do obelisco), mesmo que se estenda de modo praticamente universal em quase todas civilizações da antiguidade, através do patriarcado. Talvez em parte pelo fato predatório de que o predomínio de uma cultura e sociedade na antiguidade era frequentemente através da força, da arte da guerra onde homens dominavam e subjugava alheios pela medo e violência.

O falocentrismo em seu etnocentrismo é circundado em desigualdade pelas pereferias satélites dominadas por maior caos predominando pela injustiça. O exemplo da relação dos Estados Unidos com países como o Brasil é exemplo claro dessa governança implicitamente despótica. O paradoxo do charlatão despótico é de que a medida que se julga ser a lei, certo e bondade age e cobra o oposto para afirma-lo.

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