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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Literatura: Tudo Pelo Qual Luto

Meus livros não são para os que amam o condicionamento acrítico, nem os que valorizam mais a dúvida que a resposta, o ocultamento do que a revelação, dos amantes das niilidades simplórias e normopatas, mas dos que questionam e buscam respostas que acalentem os anseios e não aceitem o vago, ambíguo e a antiética. Justamente a estes dedico tais propostas pois escrever considero meu inconformismo com a ilusão, mentira e opressão. As vezes o ato de liberdade é resistir a isto de modo que não escrevo para ficar rico, mas para ser livre, livre de dentro pra fora enquanto a opressão segue o caminho oposto. Meu ato de rebeldia aos rebeldes a lei, a ética. Tais livros assim incomodam apenas o mal, sua moralidade incomoda aos imorais, sua ética aos antiéticos, suas críticas o acrítico.

Meus livros tentam suprir tudo que não tive na vida, suprimir todo mal que passei, preencher todo vazio abissal que me impuseram, dar propósito ante toda insignificância aberrativa e contraditória, dar valor ante o desvalor, resumidamente escrevo para sobreviver ante a fatalidade homeopática da solidão, depressão e medo ante aqueles que são movidos unicamente pela raiva, ganância, luxúria doentia e inveja. Minha criação são as batidas de meu coração, sem ela já estou morto. Que as niilidades, futilidades, o vulgar, o torpe e o simplório ataque e ataque tentando tornar a mentira em verdade pois nada supera meus medicamentos existencialistas ante a dependência do vazio.

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