Meus livros não são para os que amam o condicionamento acrítico, nem
os que valorizam mais a dúvida que a resposta, o ocultamento do que a
revelação, dos amantes das niilidades simplórias e normopatas, mas dos
que questionam e buscam respostas que acalentem os anseios e não aceitem
o vago, ambíguo e a antiética. Justamente a estes dedico tais propostas
pois escrever considero meu inconformismo com a ilusão, mentira e
opressão. As vezes o ato de liberdade é resistir a isto de modo que não
escrevo para ficar rico, mas para ser livre, livre de dentro pra fora
enquanto a opressão segue o caminho oposto. Meu ato de rebeldia aos
rebeldes a lei, a ética. Tais livros assim incomodam apenas o
mal, sua moralidade incomoda aos imorais, sua ética aos antiéticos, suas
críticas o acrítico.
Meus livros tentam suprir tudo que não tive na vida, suprimir todo mal que passei, preencher todo vazio abissal que me impuseram, dar propósito ante toda insignificância aberrativa e contraditória, dar valor ante o desvalor, resumidamente escrevo para sobreviver ante a fatalidade homeopática da solidão, depressão e medo ante aqueles que são movidos unicamente pela raiva, ganância, luxúria doentia e inveja. Minha criação são as batidas de meu coração, sem ela já estou morto. Que as niilidades, futilidades, o vulgar, o torpe e o simplório ataque e ataque tentando tornar a mentira em verdade pois nada supera meus medicamentos existencialistas ante a dependência do vazio.
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