Abaixo uma breve dissertação sobre as origens histórias de alguns dos ismos do pensamento ocidental e como são utilizados como uma maneira de controle do pensamento coletivo. O texto é parte integrante do livro 'Criptohistória'.
O grande inimigo declarado das sociedades secretas ao longo dos séculos fora a instituição católica ainda que tenha em dado momento prestado um serviço em influenciar profundamente tais sociedades secretas, especialmente a maçonaria, com os templários. Mas o grande ataque teve início não na chamada idade das trevas, mas justamente com a derrocada dos templários que de tão poderosos rivalizaram o poder católico de seu tempo algo posteriormente seguido pela inquisição que marginalizou por completo tais ordens e sociedades secretas. Sabemos que mesmo sendo fortemente possível que de fato a Ordem dos Cavaleiros Empobrecidos de Cristo cometessem uma série de heresias o motivo central seria seu poder pois mesmo os jesuítas - de onde veio o fundador dos Illuminatti - lá tinham seus segredos tenebrosos e conhecimentos proibidos detidos em suas livrarias secretas.
Naturalmente que mesmo após a destruição dos templários houve uma vingança direta sob forma de maldição sob Felipe, o belo, mas nos séculos posteriores uma série de ondas e movimentos visavam no mínimo fragmentar a igreja por divisão a enfraquecendo, e o primeiro deles fora a reforma protestante em 1517.
Alguns rumores indicam até mesmo o acolhimento de Lutero pela ordem Rosa-cruz como poder motor por de trás da origem do protestantismo. Não se trata, todavia, da concordância das correntes de doutrinas do equivalente grupo com o protestantismo, mas sim uma questão de oportunismo de atacar seu maior inimigo histórico, o catolicismo. Tais alianças suspeitas se seguem ao longo dos tempos de modo tendencioso e assim visivelmente por meras questões de poder.
Mesmo a ideia do livre pensamento surgiu na revolução francesa em oposição ao pensamento da igreja e hoje se personifica intensamente como sinônimo da filosofia maçônica, por isso é um contrassenso um líder cristão ser livre-pensador. Porém, mesmo as raízes do liberalismo são similarmente em oposição a igreja no mesmo período, mas muitos que se professam cristãos se dizem liberais hoje. Naturalmente que liberalismo e livre-pensamento apesar de terem as mesmas origens não são sinônimos, mas a mescla de elementos e as misturas posteriores ao ápice da influência oculta das sociedades secretas que fora a Revolução Francesa parecem denotar as intenções e influências ocultas posteriores a mesma.
A verdade é que essas correntes de pensamentos e políticas vem sido manipuladas desde que esse famigerado período que a seu tempo teve até alguns pontos positivos, mas considero uma armadilha adequar-se cegamente a eles pois mesmo a noção de direita e esquerda advém dos tribunais franceses com as alegações da burguesia (esquerda) contra as elites da igreja e monarquia (direita) da época. Notamos hoje que mesmo o conceito de direita e esquerda modificaram-se, mas mesmo a defesa da ciência contra a igreja fora oportuna naquele tempo uma vez que fica claro que ao longo da história humana o ocultismo exercido em lojas maçônicas, seitas e sociedades secretas são no máximo ciência marginal e na melhor das hipóteses sobras elegantes da ciência mainstream como a alquimia e astrologia.
Mas como dito, as divisões fomentadas como na ideologia romana servem a dado momento aos interesses de um grupo o qual a escalada ao topo fora por meio de sabotagens e revoluções, mas longe da espontaneidade como a das defesas da ciência apaixonadas de um Galileu muito tempo antes. O objetivo é controlar o pensamento humano similarmente o que a igreja católica fez nos séculos anteriores ao controlar o conhecimento, e do ressentimento disso surgiu o "livre-pensamento" nos subterrâneos de sociedades secretas e seitas até emergir e ganhar veracidade com adeptos pensadores legítimos. Mas esse monopólio seria feito por meio de induzir e seduzir. O grande sucesso da Revolução Francesa - que fora crucial determinante para a expansão e concretização do domínio das sociedades secretas - se deu graças a inúmeros acadêmicos e pensadores da época que foram espontâneos ao contrário de sua origem. Até hoje a Revolução Francesa é louvada por seus pares ainda que ultrapassada em seu pensamento em muitos aspectos.
Nisso, sobretudo, se comprova que o pensamento fora dos padrões e convenções estabelecidas, sejam sociais, filosóficos, espirituais, religiosos ou políticos fomentam ódio discriminatório contra o Pensamento Original. Porém, apenas o original é o novo e como tudo que é novo gera resistência agressiva e violência, ou absorção perversa por parte do pensamento dominante. Todavia defendo o que acredito sendo fiel aos meus próprios preceitos, ideais e valores. Tais padrões de pensamento muitas vezes servem deliberações de um controle social velado a favorecer o homogêneo no pensamento e repelindo o conhecimento customizado. São estas formalizações que por reprodução geram o senso comum e o pensamento acrítico o qual o indivíduo deve se adaptar para se sentir inserido. Afinal o sistema não subsiste apenas por leis e regras implícitas, mas assim almeja controlar as mentes a seu favor e isso alimenta a ideia de uma ilusão permissiva controlando assim a realidade.
Assim manifestam-se os ismos dos pensamentos mais costumeiros para a perpetuação, consolidação e reprodução desse poder como ferramentas são o utilitarismo, relativismo, liberalismo e o iluminismo que fomentam mais problemas que melhorias para se impor. O iluminismo que historicamente está defasado e relativismos que favorecem acepções, ambiguidades e justificam discriminações. Toda diferença é polarizadora em definições veladas de "perdedores" e vencedores.
Controlar desse modo controla-se as atitudes e a consequente essência do que são, o indivíduos por opções limitadas tem assim o livre-arbítrio cerceado a escolhas previsíveis ante caminhos anteriores existentes direcionando quanto ao coletivo a influxo de realidade a formando do jeito almejado gradualmente. A liberdade plena será assim ocultada por não conhecimento das demais opções ou por obstáculos que buscam bloqueá-las ou lhe reputar alto preço compelindo o fluxo de decisões a um objetivo por uma corrente tornando a vida uma múltipla escolha, não discursiva. Quem controla esse fluxo, controla a realidade em todas suas injustiças e problemas por isso derivado. Algo amplamente debatido no livro 'Ars Ad Speculum' de minha autoria.
A ideia de modificar signos e significados de palavras são expressamente variáveis de controle desse influxo por reprodutores acríticos da população como massa de manobra por seu estado de dormência e assim extenção desse influxo, algo que George Orwell teorizou no livro 1984 sobre a novilíngua.
A redução da diversidade em padrões de uniformidade em todos os setores igualmente manifesta esse desejo normalmente repelindo a autonomia customizada ante a crescente dependência do sistema criando uma prisão invisível se possível reduzindo o ser humano aos instintos animais e acrítico para melhor condiciona-lo as limitadas escolhas reativas a exemplo do behaviorismo. As limitações assim surgem de modo social por modas ou realidades hostis compelindo o "lutar ou correr" ou pior, "matar ou morrer" como únicas opções; limitações ideológicas e intelectuais com os padrões de pensamento estabelecidos; limitações econômicas para que sejam colocados limites para o acesso a serviços, bens e produtos; de modo a aprisionar mentes e atitudes fomentando escolhas falsas que sirvam os poderosos que as criam. A vida torna-se um cardápio limitado por preços muitas vezes não tabelados, conduzindo o ser humano como um gado gradualmente apático e sem vontade própria que por rédeas a um destino almejado.
Dos prazeres fáceis e os vícios que geram as dores impostas servindo a um hedonismo controlador. A exclusão o qual fecha portas de opções e oportunidades também é comum oferencendo em desigualdade o acesso a tais oportunidades e escolhas apenas aos poderosos e abastados servindo assim os interesses vigentes dos poderosos.Compele ao crítico despertar mentes e corações as escolhas ocultadas, ao caminho invisível, a passagem secreta no beco sem saída resistindo ao influxo de realidade que arrasta vidas a miséria.
Aos bravos que rompem esse fluxo raro são os sobreviventes intocados lhe sendo reputada consequências normalmente sem proporção e relação e quando por ideologia influente ser absorvida com violência pelo sistema.
Um exemplo seria o cristianismo que em sua origem serviam aos mesmos que sem opção eram os marginalizados, oprimidos, escravos e perseguidos como um caminho de redenção e salvação, mas desde quando absorvida por Roma, e tornando em instituíção passou a se tornar igual forma de controle através da fé alheia. O arrebanhamento não conduzia a salvação mas a um controle que potencializasse o poder dos controladores. Alguns acham ter o monopólio da salvação apenas por colocar um pedágio pra ela, mas seria como dizer que você apenas será salvo ou condendado pelo que fazem contigo, não pelo que você faz ou deixa de fazer.
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