Ao subir uma alta montanha veremos do alto o de baixo, e ao medir de cima, todos de baixo serão pequenos assim como sua conexão afetiva com estes. A perfeição pode ser uma mensagem poderosa, mas sua interpretação imperfeita. Isso acontece pela ilusão do tamanho determinada pelo perto e longe, alto e baixo, na informática não ocorre a não ser a quantidade de informação, pois não há espaços entre o código binário, o espaço é apenas uma representação deles.
Assim proponho ainda que o conhecimento original seja puro, de um Topos Uranos, sua representação e expressão o contamina pela realidade e a imperfeição do analógico assim como a luz altera a informação de um estado quântico. A compreensão de um estado puro do infinito e eterno assim é contemplativa não interpretativa, pois ao ser expressada torna-se limitada a expressão. O octonauta assim por tal realidade ulterior, original e pura por isso este muda seu estado original que ante a realidade é sobrenatural por um conhecimento inefável e absoluto, porque pertence ao universo a relatividade ante tal fonte elementar. O próprio ato de projetar em nós as falhas alheias denota imperfeição, um problema de contrastes, pois ainda que algo seja perfeito torne-se imperfeito pela perpetuação, imagine, então, a imperfeição refletida. Quem carrega o conhecimento primordial tem maior poder de alteração por sua reflexão, e esse um Octonauta aquele que conheceu o infinito que é eterno o qual o imaginólogo é apenas o primeiro passo.
Assim ao Octonauta poderá apenas indicar o caminho, como eu, mas não sem antes vencer o paradigma do limitado, das medidas, pois infinito mede-se apenas com infinito, e o finito com o finito. Isso trás uma outra conotação ao ato de mentir, pois provém da mente. Ora, o próprio ato do refletir distorcerá a verdade original de um conhecimento, sendo que toda expressão de um conhecimento inefável será em algum grau ao menos mentira. Toda analogia é uma figura representativa, e cópia refletida é inferior ao verdadeiro conhecimento o qual provém. O digital denota o conhecimento mais puro, do metaverso, o analógico conhecimento da realidade, pela realidade, através da realidade. Toda metáfora, parábola, analogia traduz uma ideia por vias comparativas de interpretação não representando, jamais, a ideia original mas com graus sutis de distorção de sua verdade.
Assim são esses copiadores, sempre serão as sombras do original, por isso odiadores do mesmo, porém, como toda sombra, parece por vezes ser maior que o original e assim assombra, mas por causa da luz que o projeta. A mentira e a maldade sempre tem lugar, já a verdade seu lugar é na eternidade. Na verdade os arrogantes que ligam o conhecimento ao lugar apenas vêm suas sombras, pois as sombras são impressas no chão. Sua ciência é arrogância, é falsa, julga apenas o aparente, o superficial que é o mundo material. A mecânica quântica ao menos toca o ínfimo a perceber a precariedade moral e do tamanho, a astronomia que mesmo o lugar não tem lugar fixo no espaço, mas uma metaciência assim como a metafísica a causa primeira. O lugar só tem importância quando relacionado a história do autor, nunca do conhecimento em si. O espaço é pertinente a realidade onde habita o abismo da ilusão, porque o grande abismo está no espaço, não no tempo. Abaixo o vídeo do autor sobre o assunto:
Trecho de 'Ars ad Speculum' de Gerson Machado de Avillez
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