Ainda que tenha domínio de conhecimentos sobre história e algo de física meu viés sempre fora mais restrito da filosofia. Comecei como autodidata nos meus estudos e práticas de produção literária, forma que creio ser correta pois oferece autonomia de uma visão mais ampla e customizada por interdisciplinaridades livres. Mas a vantagens da instrução formal e acadêmica é para lhe apurar o senso crítico e servindo-lhe ferramentas adequadas ao pensamento e a pesquisa de modo a dilapidar seu talento fomentado pela ética acadêmica assim como o conhecimento anteriormente adquirido. Porém, no sentido do conhecimento adquirido no meio acadêmico é restritivo, ou seja, estreitado por uma especialização especificada que é oposta a visão do autodidata ao servir normalmente ao interesse exclusivo do mercado de trabalho, não interesses artísticos e filosóficos pessoais. O ideal seria não deixar que o academicismo ofusque a sensibilidade criativa original anteriores as certezas acadêmicas mas lhe sirva para suas investigações do mesmo dominando as palavras em seu significado, e suplantando o senso comum e achismos derivados do mesmo.
Uma cosmogonia pessoal vai muito além das fronteiras acadêmicas, mas por concepções de complexidades irredutíveis somente compreendidas por uma visão holística, de modo que o viés autodidata ainda me é indispensável nas investigações não reducionistas da filosofia em sua cerne original, mas crítica pela problematização da humanidade, sociedade e do cosmos.
O objetivo de minhas obras que determinam como resultado, sobretudo, de minha experiência de vida como fonte de inspiração seria a maior tentativa de não somente responder anseios a dúvidas mas dar significância, valor e sentido para vidas a começar pela minha própria. Usar da criatividade como navegação além da realidade atrás de respostas e verdades que a maioria das vezes a realidade do aparente não fornece. Verdades filosóficas que são assim como terapia ao próprio autor ao definir claramente elementos. Minha fonte de água no deserto de abominações desiguais e iniquidades.
Pra discernir com clareza, reclamar e dizer "ai" ou dar esporro, criticar a uma analise criteriosa e avaliativa de algo. Mas quando essa gente nem saber diferenciar os termos e o que significam como irão saber o que se quer falam?
"Os perdedores, assim como os autodidatas, sempre têm conhecimentos mais vastos que os vencedores, e quem quiser vencer deverá saber uma única coisa e não perder tempo sabendo todas, o prazer da erudição é reservado aos perdedores."
Umberto Eco Número Zero
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