Segue abaixo um trecho do primeiro capítulo do livro. Clique na imagem da capa para vê-la ampliada.
"A literatura,
pelo menos a boa, é uma ciência com sangue de arte."
O Jogo do anjo - Carlos Ruiz Zafón
A
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o levantar-me pela manhã a
primeira coisa que faço e ir aos sanitários para tirar a água do joelho,
todavia ao sair pela porta do sanitário vejo um corredor completamente
diferente do normal. Brinquedos de crianças largados ao chão quase me fizeram
tropeçar enquanto procurava meu chinelo e sentia um cheiro forte de café vindo
da cozinha ao lado do ruído de fritura do dejejum. Após atender a voz de uma
mulher atender um trote telefônico o qual a ligação é identificada, esta coloca
um walkman e vai a cozinha fazer arroz com um coador de arroz quando liga o
rádio do walkman mas um balão elástico cai no quintal com uma mensagem incomum.
Intrigado, eu ouvi nisso um grito de criança que em seguida riu e uma sombra
que veio em direção ao ruído, lado o oposto de uma Tv a cores daquelas de tubo
do século XX onde passava uma sequência de um coelho ao lado do personagem
Donnie Darko num cinema, num filme me mesmo nome, isso quando tropecei num
carrinho e escorreguei batendo de cabeça e apaguei tão brevemente quanto
despertei.
Quando
despertei vi-me cercado por quatro olhos, dois pares que me olhavam atentamente
e sorriam me dizendo e por um breve momento pensei eu ser a simpática donzela
que via atender o trote.
-
Esqueceu-se da hora desta vez? – disse uma voz, a senhora minha mãe.
-
Não fazes ideia que já são quase 11 horas? – disse a outra voz e de um amigo
meu Petrônio Fonseca.
-
Não gosto de acordar deste modo. – respondi eu emburrado.
-
Mas parecia compenetrado em sonhos tenebrosos do além. – retrucou Petrônio.
-
Apenas Gárgulas do passado, talvez... – respondi eu erguendo-me contrariado
como se o sono (e sonho) fossem melhores.
-
Pois temos novidades que o deixariam animado para o dejejum. – retrucou
Petrônio. – Aparentemente o sistema multidimensional de processamento é um
hesito como predito. O sistema que interpreta reatividades síncronas de
gravitação de eventos em sistemas complexos e dinâmicos cuja probabilística
cruza da previsibilidade a predileção percentual espaço temporal no caos. –
disse Petrônio empolgado tirando um jornal onde enunciava na capa do caderno de
ciências “A máquina de predileção do futuro” e continuou - Tudo isso somente
acontece por causa da informação que relacionada ao caos e ao tempo dá tudo
preciso sobre energia e matéria susceptível. Seu pensamento tem que ser
essencialmente multidimensional.
- A vidência
assim não passa de informação pré-existente num sistema dinâmico por padrões
que favoreçam ao aderir. Na realidade harmoniza todos os eventos multidimensionais
a convergirem harmonizadamente a um evento de destino. Conseguiram replicar
isso em laboratório? – conclui perguntando tendo um aceno de positivo de
Petrônio.
- O Crocodilo
tic-tac nunca para Gerson. Preza a lenda de uma arma de reatividade síncrona
seria de impossível incriminar. Suponhamos uma arma de caos que cria eventos
indiretos a atingir o alvo aperfeiçoada em relação ao visto na Espanha, mas que
apenas faz um pombo defecar em sua vítima alvo, este escarnece, mas ao debochar
ser apenas isto, faz ele tropeça ao limpar os olhos e cai de cabeça e morrendo.
A culpa é de quem?
- Pensou escrever
isso para contos surreais? – indaguei eu. – Mas diga-me duma vez, você não veio
aqui somente para isto.
- Não mesmo. –
disse Petrônio revelando-se pra mim. – um incidente misterioso parece ter
exposto alguns projetos negros que parecem nutrir com um mítico projeto da
marinha norte-americana. Todos mortos, inclusive quatro crianças sem aparente
porque.
- Como sempre
o essencial não está na mídia. Seria um remanescente do projeto Philaphelfia? –
concluí perguntando e tendo um aceno positivo de Petrônio.
-
Acho que ficaram alvoraçados com as possibilidade de que a probabilidade não é
coisa somente dessa dimensão, mas multidimensional. Diria, por fontes
extraoficiais, que era um experimento de transpassar dimensões. – completou.
-
Quero meu café bem quente hoje. – disse eu lavando meu rosto no banheiro
percebendo que o dia apenas estava começando. – As crianças foram
identificadas? – completei enquanto enxugava o rosto na toalha.
-
Um autista e três com Síndrome de Asperger.
-
Típico. – concluí – poderia figurar entre elas. Quais as habilidades?
-
Não tenho informação, mas acho deduzível.
Naquele
momento fui a quarto novamente e abri um convite que mostrei a ele, escrito
‘Clube dos Pioneiros’.
-
Para que recordes, são para os superáveis, pioneiros são inexpugnáveis. – disse
Petrônio com uma dose de ironia.
-
O que conhece de fato sobre eles? – perguntei.
-
Homens e mulheres interessados no singular, no inédito e insuperável.
-
Singularidade está no vocábulo deles?
-
Sim. Naturalmente, inclusive lei de Moore e essas coisas todas mais.
Descobridores do novo e visionários sempre são convidados. Considere-se
honrado.
-
O que posso eu ter pra eles e eles pra mim? – perguntei.
-
O que? – perguntou respondendo Petrônio com um riso. – Essa gente tem acesso a
livros malditos, coisas que deixariam o leigo babando como mongoloides dopados.
Num dos livros perspectivas duma mesma história.
-
Naturalmente isso é providência sua... – conclui eu.
-
Não, mas estão sempre investigando nos arquivos do Vaticano, Coppernio,
Pitágoras, Newton, Faraday esse tal pessoal.
-
Membros?
-
Honorários, mas preza a lenda que o grupo esta por ai desde o épico de Gilgadesh
fora escrito, defensores da verdade e tudo mais.
-
Os maus adoram contar essas histórias antes de nos fazer domir.
-
Não eles! Não estão interessados em posições para dominação como algumas
sociedades secretas, na realidade, estão interessados em acumular todo
conhecimento possível da verdade para protege-lo de um cataclismo. Compreendem
que boa parte da história, principalmente a atual, é uma farsa.
-
Não estou certo quanto a eles, os maçons, por exemplo, se dizem defensores dos
bons costumes e parece que alguns parecem ter patrocínio em me rasgarem ao meio
sexualmente impunes com louvor.
-
Não são esotéricos ou místicos. Mas formado por cientistas, pensadores,
formadores de opinião como você. – disse Petrônio acompanhando-me até a cozinha
onde coloquei meu café e prontamente coloquei o dele também. - O Clube dos
pioneiros são pesquisadores do improvável, imersos na verdadeira realidade da
história oficial, procuram os fatos antecedentes aos eventos históricos como
meta-historiadores duma kripto.história, procura o antes do antes, e deduz o
depois do despois, da com causa numa quase metafísica histórica onde elementos
científicos e filosóficos encontram-se e em sua surpresa aparentemente pode
romper o linear ante fatos marginalizados de mundos igualmente marginais não
aos costumes, mas as leis físicas. Busca os primeiros, aqueles que antes do
descoberto oficial haviam o feito, e não somente dos desbravadores do novo
mundo, mas aqueles o qual desbravaram mundos diferentes e tempos sem igual, os
pioneiros, aqueles que formam o seleto grupo invejado pelos incapazes, e formam
um grupo seleto e exclusivo, o clube dos pioneiros.
-
Isso tudo é muito bonito, bonito mesmo, mas se aprendi algo, é que quando a
beleza aparente é demasiada, o interior não o corresponde. – respondi comendo
um pedaço de pão francês com queijo prato.
-
Você mudará de ideia quando ver os livros que eles tens a lhe mostrar, faz
parece Jacquer Bergier menino do jardim de infância. Mas um livro que os tem
perturbado, ‘A Filosofia da Viagem no Tempo’.
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